A polémica surgiu após a atualização do recenseamento eleitoral em Bihar, um dos estados mais populosos e politicamente influentes da Índia.
Como resultado deste processo, mais de 650 mil pessoas foram excluídas dos cadernos eleitorais.
A oposição alega que, embora o processo tenha eliminado os nomes de cidadãos que já morreram e dados duplicados, milhares de eleitores "legítimos" também foram "apagados" das listas.
"Esta luta não é política, mas sim para salvar a Constituição. A Comissão Eleitoral está a tentar esconder algo", declarou Gandhi no momento em que foi detido, citado pela agência de notícias local PTI.
A tensão política agravou-se no domingo, quando a Comissão Eleitoral da Índia (ECI), o órgão responsável pela organização das eleições, informou o Supremo Tribunal que não vai fornecer a lista detalhada dos eleitores excluídos.
Esta recusa desencadeou o protesto liderado por Gandhi, do Partido do Congresso.
O deputado Shashi Tharoor, da oposição, disse durante a marcha de protesto que são necessárias "respostas sérias" e que a Comissão Eleitoral deve responder às preocupações e partilhar os dados solicitados de forma transparente.
Imagens divulgadas pelos meios de comunicação indianos mostram Gandhi e outros deputados a serem levados pela polícia após uma marcha de protesto que se dirigia à sede da Comissão Eleitoral.
"A democracia está a ser atacada e assassinada mesmo em frente ao Parlamento", denunciou o porta-voz do Partido do Congresso, Jairam Ramesh.
A preocupação aumentou em todo o país porque a Comissão Eleitoral planeia replicar o mesmo processo de "limpeza" do recenseamento eleitoral em todos os estados do país, levantando preocupações sobre a integridade dos próximos processos eleitorais na Índia.
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