O ministro japonês dos Negócios Estrangeiros, Takeshi Iwaya, mostrou "profunda preocupação" com a decisão anunciada na sexta-feira pelo governo israelita e apelou a todas as partes "para retomarem as negociações e trabalharem de boa-fé para alcançar um cessar-fogo e a libertação dos reféns", segundo um comunicado.
O Executivo japonês reiterou a rejeição de "qualquer ação, como este plano, que comprometa a realização da solução de dois Estados", uma medida que Tóquio "tem vindo a apoiar de forma constante", que permita "a um futuro Estado palestiniano independente coexistir em paz e segurança", segundo a nota do chefe da diplomacia do Japão.
"Melhorar a catastrófica situação humanitária em Gaza é uma prioridade urgente. O Japão exorta Israel a adotar medidas substantivas para pôr fim à grave crise humanitária, incluindo a fome, e reitera a sua firme exigência de que cumpra integralmente o direito internacional, incluindo o direito internacional humanitário", salientou o ministro japonês.
O Gabinete de Segurança do Governo de Israel aprovou na sexta-feira um plano militar proposto pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, para ocupar a cidade de Gaza, no norte do enclave.
A decisão gerou uma série de condenações da comunidade internacional, entre elas a do ministro das Relações Exteriores alemão, Friedrich Merz, que cancelou "até novo aviso" as exportações de material militar para Israel que possa ser usado na Faixa de Gaza.
A Comissão Europeia, a ONU e outros países, como Espanha, Bélgica, Brasil, Reino Unido, Países Baixos, Turquia e Austrália, também manifestaram a rejeição ao plano israelita.
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