Parlamento venezuelano denuncia novas "ameaças" dos EUA

A Assembleia Nacional (AN) venezuelana, dominada pelo chavismo, "denunciou" no sábado novas ameaças do Governo dos Estados Unidos contra a Venezuela e reiterou o apoio ao Presidente Nicolás Maduro.

presidente do parlamento venezuelano, Jorge Rodríguez

© JUAN BARRETO/AFP via Getty Images

Lusa
10/08/2025 06:29 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Venezuela

"A AN denuncia as novas tentativas do imperialismo norte-americano de repetir velhas fórmulas de ingerência grosseira e ameaças inúteis para desestabilizar a paz, a tranquilidade e a consolidação da prosperidade de toda a pátria venezuelana", de acordo com um comunicado, lido pelo próprio presidente do parlamento, Jorge Rodríguez.

 

A posição da assembleia foi divulgada depois de na sexta-feira a Procuradora-geral norte-americana, Pam Bondi, acusar Nicolás Maduro de narcotráfico, duplicando para 50 milhões de dólares (43 milhões de euros) um prémio pela sua captura.

Também a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, voltou este sábado a referir-se à decisão de Washington -- que não aceita a eleição presidencial de Maduro -- considerando que pretende "criminalizar a coragem e a honra" do chefe de Estado e líder chavista.

"A recente farsa do governo dos Estados Unidos para criminalizar a coragem e a honra do Presidente Nicolás Maduro foi confrontada com a postura digna do nosso país", afirmou Rodríguez através do seu canal do Telegram.

"Aqueles que, a partir do extremismo violento, acreditam que podem assaltar o poder político na Venezuela, irão deparar-se com um povo altamente organizado e empoderado", advertiu.

"Os poderes públicos do Estado venezuelano" e a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) "repudiam esta ameaça bárbara" contra a Venezuela e Maduro, afirmou a Delcy Rodriguez.

No mesmo tom, também a nota do parlamento venezuelano condenou "as ações absurdas e desesperadas anunciadas pela Procuradoria-Geral dos Estados Unidos, claramente ilegais e sem qualquer fundamento real, para além da tentativa delirante de agressão contra o Presidente constitucional da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro Moros, e contra o [seu] povo rebelde e corajoso", segundo o comunicado lido por Rodríguez.

A AN explica ainda na nota que o objetivo de Washington é "encorajar novamente os grupos extremistas do país e da região a retomarem a violência", garantindo que "não conseguirão, com sanções grosseiras ou bloqueios criminosos, e muito menos com ameaças insensatas, torcer o nobre rumo que o povo venezuelano deu nas eleições livres de 28 de julho de 2024, quando elegeu Nicolás Maduro presidente da República".

Também no sábado, o Comandante-Geral da Guarda de Honra Presidencial e Diretor-Geral da Contra-Inteligência Militar (DGCIM, serviços de informações militares), Javier Marcano Tábata, expressou a "lealdade inabalável" e "apoio absoluto" a Maduro.

O responsável condenou veementemente através de um comunicado as declarações Bondi, descrevendo-as como "uma violação do direito internacional e uma afronta à autodeterminação e à dignidade do povo venezuelano".

Num vídeo publicado nas redes sociais no passado dia 08, a Procuradora-geral norte-americana, Pam Bondi, afirmou que Maduro "é hoje um dos maiores narcotraficantes do mundo e uma ameaça à segurança nacional" dos Estados Unidos, justificando assim a decisão da Justiça norte-americana de duplicar a anterior recompensa de 25 milhões de dólares por informações que levem à sua detenção.

"A DEA [agência anti-narcotráfico] apreendeu hoje 30 toneladas de cocaína ligadas a Maduro e seus parceiros, das quais quase sete toneladas ligadas diretamente a Maduro, o que representa uma fonte primária de rendimento para os cartéis assassinos sediados na Venezuela e no México", afirmou Bondi.

Em causa estão organizações consideradas terroristas por Washington, como o Tren de Aragua e os cartéis de Sinaloa e dos Sóis.

Leia Também: Governo venezuelano revela apreensão de arsenal explosivo e acusa EUA

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