Líder interino promete eleições "livres e transparentes" no Bangladesh

O líder interino do Bangladesh, Muhammad Yunus, garantiu hoje que o país vai realizar eleições "livres, pacíficas e transparentes", um ano depois da revolta popular que obrigou a antiga primeira-ministra Sheikh Hasina a abandonar o poder.

The flag of Bangladesh flies with other flags from countries of the Commonwealth in Parliament Square, central London, ahead of Commonwealth Heads of Government Meeting (CHOGM) on Monday. (Photo by Jonathan Brady/PA Images via Getty Images)

© Getty Images

Lusa
04/08/2025 19:30 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Bangladesh

"O governo interino está empenhado em devolver o poder do Estado ao povo através de eleições pacíficas, justas e transparentes, como parte de uma solução política sustentável", frisou Yunus, num comunicado oficial divulgado na véspera do aniversário da saída de Hasina.

 

Yunus alertou ainda que "os autocratas derrotados e os seus aliados continuam ativos, conspirando para sabotar" o progresso do seu governo interino, concebido como um caminho para a transição democrática.

"O sacrifício de milhares deu-nos esta rara oportunidade de reforma nacional, que devemos proteger a todo o custo (...) Juntos, construiremos um Bangladesh onde a tirania nunca mais se erguerá", concluiu o Prémio Nobel da Paz, que lidera o governo interino desde agosto de 2024.

Embora Yunus tenha anunciado a sua intenção de convocar eleições em abril de 2026, não foi publicado até à data qualquer calendário, nem foram oferecidas garantias institucionais claras, noticiou a agência Efe

O atraso alimentou a agitação popular, as tensões com a oposição e as especulações sobre a possível saída de Yunus do poder.

Milhares de pessoas manifestaram-se na semana passada em Daca e noutras cidades em comícios liderados por partidos islamistas e novos movimentos emergentes da própria revolta, realçando a crescente agitação popular.

Os protestos terminaram em confrontos, com pelo menos quatro mortos no bastião de Hasina, em Gopalganj, e na intervenção do Exército, que abriu fogo, segundo o governo.

A chamada Revolta de Julho comemora a onda de protestos estudantis e populares que, há um ano, desencadeou a demissão e fuga de Hasina após 16 anos no poder.

Segundo um relatório da ONU, estima-se que até 1.400 pessoas, a maioria estudantes e civis, tenham morrido durante a brutal repressão dos protestos.

Em 10 de julho, um tribunal especial acusou formalmente Hasina de crimes contra a humanidade, após a fuga de uma gravação na qual alegadamente ordenou o fuzilamento de manifestantes.

Hasina permanece fora do país e é considerada foragida pelas autoridades do país do sul da Ásia.

Leia Também: Protestos no Bangladesh depois de queda de avião numa escola

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