Um alpinista malaio sobreviveu a uma queda no monte Rinjani, na Indonésia, dias depois de a brasileira Juliana Marins ter morrido devido a um acidente semelhante. A queda do malaio aconteceu na sexta-feira, num local diferente do vulcão.
Segundo o que avançam as publicações brasileiras, o alpinista ficou com ferimentos graves na anca e na cabeça, depois de ter escorregado numa região húmida e rochosa.
O turista, Nazli Bin Awan Maha, escorregou a cerca de 200 metros quando se aproximava da ponte que levava ao Lago Segara Anak, uma das atrações do local.
O alerta foi dado em grupos de resgate que existem no WhatsApp, segundo explicou a Agência do Parque Nacional do Monte Rinjani. O alpinista acabou por ser retirado através de uma rota alternativa, utilizado em casos de emergência, e hospitalizado na comunidade de Senaru.
O local tem estado 'na mira', depois do caso de Juliana Marins, a brasileira de 26 anos que morreu após uma queda no percurso que fazia.
O resgate demorou quatro dias a acontecer e a autópsia indica que a jovem morreu devido a uma hemorragia interna causada por lesões na zona do tórax. O corpo da vítima terá sido arrastado com a queda ou sofrido contacto com superfícies duras, de acordo com o que é explicado e citado pela publicação O Globo.
"A partir das fraturas ósseas ocorreram danos aos órgãos internos e sangramento. Com isso, podemos concluir que a causa da morte foi um trauma contuso que causou danos aos órgãos internos e hemorragia", foi detalhado pelo médico.
#Indonesia Seorang pendaki warga Malaysia dilaporkan terjatuh ketika mendaki Gunung Rinjani, Lombok hari ini.
— BERNAMA (@bernamadotcom) June 28, 2025
Menurut agensi berita Indonesia ANTARA, Nazli Awang Mahat, 47 tergelincir sejauh 200 meter dari laluan pendakian Danau Segara Anak, tidak jauh dari lokasi tragedi… pic.twitter.com/t7mzUxjAx8
Não é, no entanto, claro qual foi a queda que causou esta lesão fatal, já que Juliana Marins foi gravada a mexer as mãos enquanto estava sentada numa zona rochosa.
Os médicos garantem, no entanto, que após a lesão fatal a morte não terá demorado muito tempo, detalhando também que Juliana tinha uma lesão na cabeça, "mas ainda não havia hérnia cerebral, que geralmente leva de algumas horas a dias para acontecer. Isso indica que não houve tempo suficiente para isso ocorrer, o que reforça que a morte foi rápida. O mesmo vale para o tórax e abdómen."
Juliana tinha "escoriações por todo o corpo" e a lesão mais grave terá sido nas costas, não especificando o médico que a autopsiou quantas quedas é que Juliana sofreu.
Já na sexta-feira, Mariana Marins, irmã de Juliana Marins recorreu às redes sociais para criticar o facto de os médicos terem realizado uma conferência de imprensa antes de informarem a família sobre estes detalhes.
"Caos e absurdo. A minha família foi chamada no hospital para receber o laudo mas, antes que eles tivessem acesso a esse laudo, o médico achou de bom tom dar uma coletiva de imprensa pra falar pra todo mundo que estava dando o laudo antes de falar para a minha família. É absurdo atrás de absurdo e não acaba mais", refere no vídeo que pode ver abaixo. A família aguarda ainda vagas em voos para o Brasil por forma a levar o corpo para o Brasil.
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