Trump diz que Irão "não devia mentir". Mais bombardeamentos? "Sem dúvida"

O chefe de Estado dos EUA, Donald Trump, avisou o Líder Supremo do Irão que é mais fácil obter algo "com mel do que com vinagre" e revelou que lhe "salvou a vida", tendo exigido a Telavive que enviasse aviões para trás, quando estes já iam em direção a Teerão.

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© Celal Gunes/Anadolu via Getty Images

Teresa Banha com Lusa
27/06/2025 19:38 ‧ há 3 horas por Teresa Banha com Lusa

Mundo

Médio Oriente

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, falou, esta sexta-feira, acerca do conflito no Médio Oriente, sublinhando mesmo que salvou a vida ao Líder Supremo do Irão, "exigiu" que Israel voltasse atrás com aviões que iriam bombardear Teerão e garantiu: mais bombardeamentos não estão descartados.

 

Numa conferência de imprensa na Casa Branca, Trump foi questionado sobre se bombardearia o Irão se houvesse informações dos serviços secretos que indicassem que o país conseguia enriquecer urânio ao nível de o resultado serem armas nucleares.

"Sem dúvida", respondeu, mostrando assim que Washington está empenhado a colocar um travão nas ambições nucleares de Teerão.

Ainda na mesma conferência, citada pela Agência France-Presse (AFP), Trump considerou que o Líder Supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei, foi derrotado "até ao inferno" nas hostilidades que envolveram tanto os Estados Unidos como Israel, e que estava na hora "de acabar com isto."

O presidente norte-americano insistiu que os ataques contra as instalações nucleares do Irão foram um sucesso retumbante e manifestou a sua convicção de que a República Islâmica não voltará a desenvolver um programa nuclear "tão cedo".

"Tudo o que tinham está debaixo de milhões de toneladas de rocha", disse Trump, que não descartou sequer pedir à República Islâmica que entregue todos as reservas de urânio enriquecido que tenha salvo dos bombardeamentos.

Mas as considerações sobre Ali Khamenei não ficaram por aqui, tendo o líder norte-americano recorrido à Truth Social para continuar a posicionar-se em relação ao líder iraniano.

"Por que razão o chamado 'Líder Supremo', Ayatollah Ali Khamenei, do país devastado pela guerra, o Irão, diria de forma tão descarada e tola que ganhou a guerra com Israel, quando sabe que a sua declaração é uma mentira, quando sabe que não é verdade. Como homem de grande fé, não é suposto ele mentir", começou por escrever, acrescentando que o território iraniano "foi dizimado".

Trump disse ainda que durante os ataques os EUA sabiam "exatamente onde ele estava abrigado" e não acabaram com a sua vida. "Salvei-o de uma morte feia e vergonhosa e ele não diz: 'Obrigada, presidente Trump'".

"Exigi que Israel trouxesse de volta um grupo muito grande de aviões, que se dirigiam diretamente para Teerão, à procura de um grande dia! Teriam ocorrido danos tremendos e muitos iranianos teriam sido mortos", revelou ainda, afirmando que este poderia ter sido o "maior ataque" dos momentos de guerra que se passaram este mês entre Telavive e Irão.

Trump alega ter salvo ayatollah Ali Khamenei de

Trump alega ter salvo ayatollah Ali Khamenei de "morte horrível"

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alegou hoje que salvou o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, de uma "morte horrível", insistindo que sabia onde ele se escondia durante os bombardeamentos israelitas e norte-americanos no Irão.

Lusa | 20:31 - 27/06/2025

"Durante os últimos dias, estive a trabalhar no possível levantamento das sanções e noutras coisas, que teriam dado ao Irão uma oportunidade muito maior de recuperação total, rápida e completa", considerou, dizendo que, como 'resposta' o que teve foi uma declaração de "raiva e ódio" por parte de Teerão, e que isso o levou a abandonar o trabalho que estava a fazer para levantar sanções ao Irão.

"O Irão tem de voltar a entrar no fluxo da Ordem Mundial, ou as coisas só irão piorar para eles. Eles estão sempre tão zangados, hostis e infelizes, e vejam o que isso lhes trouxe", avisou, rematando: "Espero que o Irão perceba que na maioria das vezes se obtém mais com mel do que com vinagre."

Leia Também: Ataques ao Irão: Administração Trump dá primeiro briefing ao Congresso

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