Estes ataques de 'drones' ocorrem numa altura em que decorrem intensos esforços diplomáticos europeus, apoiados pelos Estados Unidos, para garantir um cessar-fogo por parte de Moscovo, que invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022.
Decorrem também, uma dia depois, de o presidente russo, Vladimir Putin, ter visitado a região de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia e que a Rússia anunciou ter libertado das forças ucranianas no final de abril.
De acordo com uma declaração do Ministério da Defesa da Rússia, 127 'drones' ucranianos foram inicialmente abatidos após uma tentativa de ataque às regiões de fronteira russas de Bryansk e Kursk, bem como Moscovo, seguidos de outros 32.
Os militares ucranianos enviam regularmente 'drones' contra a Rússia, em resposta aos ataques russos que diariamente têm como alvo o seu nos últimos três anos.
As primeiras conversações russo-ucranianas desde 2022, realizadas na semana passada em Istambul, não resultaram num progresso significativo em direção a uma trégua na Ucrânia, nem o telefonema de segunda-feira entre Vladimir Putin e Donald Trump.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, disse na terça-feira que espera que a Rússia apresente as suas condições para um cessar-fogo na Ucrânia "dentro de alguns dias", enquanto o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky acusa Moscovo de "ganhar tempo".
Atualmente, as posições da Ucrânia e da Rússia em relação ao fim do conflito são opostas: Kyiv pede um cessar-fogo incondicional de 30 dias para permitir negociações de paz, enquanto Moscovo assume que as negociações devem ocorrer simultaneamente com os combates.
Entretanto, o Kremlin anunciou, em comunicado, que Vladimir Putin visitou a região de Kursk.
"Vladimir Putin fez uma viagem de trabalho à região de Kursk", onde se encontrou com o governador interino, Alexander Khinstein, e representantes de organizações voluntárias, disse o Kremlin.
No final de abril, a Rússia alegou ter retomado completamente, com a ajuda de combatentes norte-coreanos, a região de Kursk, onde as forças ucranianas entraram em agosto de 2024.
A televisão estatal russa Rossia 24 transmitiu imagens do encontro entre Putin, que aparece sorridente, e voluntários à volta de uma mesa com chá e doces.
Durante a viagem, o Presidente russo também se reuniu com autoridades de municípios regionais em Kurchatov, onde fica a central nuclear de Kursk, segundo o Kremlin.
Putin terá igualmente visitado as obras da central nuclear Kursk-2, de acordo com a mesma fonte.
Vladimir Putin já tinha visitado a região de Kursk no final de março, manifestando na altura esperança de que fosse "completamente libertada" num "futuro próximo".
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