Após a intervenção militar "bem-sucedida", o navio em questão partiu para um porto russo, explicou Tusk numa breve mensagem publicada nas redes sociais.
Na terça-feira, a União Europeia (UE) aumentou as suas sanções à Rússia, nomeadamente à chamada "frota fantasma", um grupo de embarcações geralmente antigas e não registadas que Moscovo está alegadamente a utilizar para contornar as restrições à exportação de matérias-primas, nomeadamente petróleo bruto e produtos petrolíferos.
Os países europeus temem que esta frota esteja a servir também de ferramenta para potenciais atos de sabotagem em mares como o Báltico.
Desde outubro de 2023, mais de uma dezena de cabos submarinos foram danificados no Mar Báltico, tendo-se registado alguns incidentes semelhantes no Mar do Norte, o que os países europeus atribuem a atos de sabotagem russos.
Várias empresas de telecomunicações alertaram a NATO para o risco de apagões globais ao nível da Internet, após os incidentes, já que, atualmente, cerca de 95% do tráfego internacional de dados, voz e Internet é feita através de cabos submarinos.
Tusk, que defendeu o aumento das sanções a Moscovo, falou hoje com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que considera a Polónia "um parceiro e um amigo de confiança" em questões importantes como a segurança.
Durante a conversa, Zelensky referiu a necessidade de a UE abrir os primeiros procedimentos para a adesão da Ucrânia ao bloco comunitário durante a presidência semestral polaca do Conselho, embora isso exija a formalização dos progressos antes do final de junho.
"A Ucrânia fez tudo o que era necessário e merece", argumentou Zelensky.
Kiev apresentou o seu pedido de adesão à UE no final de fevereiro de 2022, poucos dias depois de a Rússia ter dado início à guerra e, em junho desse ano, a Comissão Europeia concedeu-lhe o estatuto de país candidato.
Em dezembro de 2023, os dirigentes da UE acordaram dar início às negociações de adesão com a Ucrânia e reiteraram o seu compromisso de continuar a apoiar o país e o seu povo durante o tempo que for necessário.
A UE encetou formalmente as negociações de adesão da Ucrânia na primeira Conferência Intergovernamental, em junho de 2024.
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