"Será tomada uma decisão sobre uma resposta após uma avaliação e averiguação completa", disse Esmail Baghai à agência de notícias oficial IRNA.
Trump, que disse estar pronto para dialogar com Teerão sobre um acordo nuclear, revelou que escreveu uma carta nesse sentido aos líderes iranianos, alertando para uma possível ação militar se houver uma recusa.
Teerão anunciou que recebeu a carta na quarta-feira através de um diplomata de alto nível dos Emirados Árabes Unidos, Anwar Gargash.
O Irão e os Estados Unidos não têm relações diplomáticas desde 1980.
Baghai não especificou se a carta tinha já chegado ao líder supremo do Irão, ayatollah Ali Khamenei, que tem a palavra final em todas as decisões estratégicas.
O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, referiu que o seu país não negociaria enquanto Trump continuasse com a sua chamada política de "pressão máxima", de acordo com uma entrevista ao jornal Iran publicada na manhã de hoje.
"Começaremos as negociações diretas [com Washington] quando estivermos em pé de igualdade, livres de pressões e ameaças", comentou.
Na quarta-feira, Khamenei disse que a proposta de negociações tinha como objetivo "enganar a opinião pública mundial", com base numa tentativa de mostrar que os Estados Unidos "querem negociar (...), mas o Irão não está disposto a fazê-lo".
Donald Trump retirou-se unilateralmente, durante o seu primeiro mandato na Casa Branca, de um acordo internacional sobre o programa nuclear em 2018 e restabeleceu sanções ao Irão.
Após a saída dos Estados Unidos do acordo nuclear, o Irão está a enriquecer urânio muito além do limite permitido e possui agora 274 quilos de urânio enriquecido com 60% de pureza, aproximando-se dos 90% de grau militar, de acordo com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA).
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