Israel diz que Beirute "está a arder" para Hezbollah pagar por ataques

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, afirmou hoje que "Beirute está em chamas" porque o partido paramilitar xiita Hezbollah está a pagar pelos seus ataques e "vai continuar a pagar um preço elevado até colapsar".

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© EMMANUEL DUNAND/AFP via Getty Images

Lusa
21/10/2024 10:08 ‧ 21/10/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

As declarações foram hoje publicadas na rede social X, acompanhadas de uma fotografia de um dos bombardeamentos israelitas à capital do Líbano, Beirute, na sequência de uma novo ataque de Telavive contra edifícios alegadamente relacionados com o financiamento do grupo.

 

Segundo o ministro israelita, foi realizado, nas últimas horas, "um ataque em grande escala contra a infraestrutura financeira do Hezbollah em Beirute e noutras zonas do Líbano".

"Há grandes incêndios em Beirute porque mais de 15 edifícios foram bombardeados depois de termos pedido aos residentes para abandonarem" os locais, referiu.

Israel garantiu que nas últimas horas bombardeou "dezenas" de edifícios, alegadamente ligados à associação Al-Qadr al Hasan, considerada o braço financeiro do Hezbollah, incluindo alvos no sul do Líbano e na capital.

O exército israelita desencadeou uma nova invasão do Líbano a 01 de outubro, após várias semanas de intensos bombardeamentos e ataques contra o país, incluindo a explosão coordenada de milhares de aparelhos de comunicação, após mais de 11 meses de combates com o Hezbollah.

O recrudescimento das hostilidades começou há cerca de um ano, depois de o Hezbollah ter atacado o território israelita no dia a seguir aos ataques perpetrados, a 07 de outubro de 2023, pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e outras fações palestinianas, que levaram Israel a iniciar uma contraofensiva devastadora na Faixa de Gaza.

Num ano de hostilidades entre Israel e o Hezbollah, mais de 2.400 pessoas foram mortas só em território libanês - a maioria delas no último mês - e mais de 1,2 milhões foram forçadas a abandonar as suas casas para fugir da violência, causando uma crise humanitária no país mediterrânico.

Leia Também: Coordenador da ONU para a paz alerta para "pesadelo" em Gaza

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