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Presidente chinês pede a chanceler alemão que desenvolva laços bilaterais

O Presidente da China, Xi Jinping, pediu hoje ao Chanceler alemão, Olaf Scholz, que encare as relações bilaterais numa "perspetiva estratégica e de longo prazo", durante um encontro, em Pequim.

Presidente chinês pede a chanceler alemão que desenvolva laços bilaterais
Notícias ao Minuto

08:40 - 16/04/24 por Lusa

Mundo China

"As transformações no mundo estão a acelerar e a humanidade enfrenta riscos e desafios crescentes. Para resolver estes problemas, as grandes potências devem trabalhar em conjunto", observou Xi, citado pela televisão estatal CCTV.

"China e Alemanha são a segunda e terceira maiores economias do mundo e precisam de consolidar e desenvolver as suas relações", acrescentou o líder chinês.

Na reunião à porta fechada, Xi lembrou que os laços entre os dois países têm um impacto "importante" na eurásia e em "todo o mundo", pelo que Pequim e Berlim devem "injetar mais estabilidade e certezas" no cenário internacional.

Scholz conclui hoje a sua visita de três dias ao país asiático, que começou no domingo, na cidade de Chongqing, onde visitou uma fábrica de uma empresa alemã dedicada à produção de propulsores de hidrogénio sustentáveis.

Na segunda-feira, Scholz disse em Xangai que ia abordar as condições para uma concorrência leal, a transformação verde e o investimento, no seu encontro com Xi, numa altura em que existe preocupação com o impacto dos veículos elétricos fabricados na China no mercado europeu.

O Chanceler sublinhou em Xangai, onde visitou uma empresa alemã de plásticos que trabalha com tecnologias verdes e sustentáveis, que a economia da Alemanha, "um dos países exportadores mais bem-sucedidos do mundo", se baseia em ser "globalmente competitiva", defendendo ao mesmo tempo "condições de concorrência leal" e não "protecionismo".

A nível geopolítico, Scholz disse que ia pedir a Xi que a China deixasse de fornecer bens civis e militares de dupla utilização à Rússia, uma vez que "ninguém deve contribuir" para a "guerra de conquista" de Moscovo na Ucrânia, um conflito sobre o qual Pequim tem adotado uma posição ambígua.

Na sexta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês afirmou que a visita de Scholz seria "uma oportunidade para aumentar a compreensão e a confiança", "aprofundar a cooperação prática" e "procurar um terreno comum, apesar das diferenças" com Berlim.

A visita insere-se na nova estratégia do Governo alemão em relação ao país asiático, que considera "parceiro, concorrente e rival", e visa também sublinhar perante Pequim a importância da China como mediadora em conflitos como a guerra na Ucrânia.

A imprensa chinesa sublinhou que a visita vai demonstrar que a China e a Alemanha são "parceiros que podem trabalhar em conjunto para fazer face à mudança" e que a cooperação bilateral ainda tem "um grande potencial".

De acordo com o jornal oficial Global Times, a Alemanha mantém a sua tradição de "pragmatismo e racionalidade", apesar dos "apelos ao afastamento da China" por parte dos Estados Unidos.

Leia Também: HRW apela a Scholz para lembrar direitos humanos na visita à China

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