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Delegação do Congresso dos EUA compromete-se a manter apoio a Taiwan

Uma delegação bipartidária de legisladores dos Estados Unidos prometeu hoje continuar a apoiar Taiwan, depois de o Congresso ter aprovado 300 milhões de dólares (278 mil milhões de euros) em ajuda militar à ilha autónoma reivindicada pela China.

Delegação do Congresso dos EUA compromete-se a manter apoio a Taiwan
Notícias ao Minuto

09:03 - 28/03/24 por Lusa

Mundo Taiwan

O Congresso também aprovou 400 milhões de dólares (370 mil milhões de euros) no sábado para combater a influência do Governo chinês na região, como parte da sua Lei de Capacitação da Defesa.

A delegação, que é chefiada pelo republicano Jack Bergman, chefe do Subcomité de Inteligência e Operações Especiais da Câmara dos Representantes dos EUA, e inclui também os congressistas democratas Donald Norcross e Jimmy Panetta, reuniu-se hoje com o presidente eleito e atual vice-presidente de Taiwan, William Lai, para discutir as relações bilaterais e a segurança regional.

Em comunicado, o Instituto Americano em Taiwan (AIT, a embaixada "de facto" dos EUA na ilha) informou que a delegação permanecerá em Taiwan até sexta-feira, no âmbito de uma visita mais alargada à região.

Durante o seu encontro com os congressistas, Lai expressou a sua gratidão à Administração e ao Congresso dos EUA por terem tomado "ações concretas" a favor de Taiwan, apreciando também a ajuda militar de 300 milhões de dólares recentemente aprovada pela Administração de Joe Biden para este ano.

Bergman sublinhou que Washington e Taipé estão a trabalhar em conjunto para "contrariar as ações cada vez mais agressivas da China na região" e considerou Taiwan um "parceiro fundamental" dos Estados Unidos no Indo-Pacífico.

O congressista referiu ainda que a delegação se vai reunir com "pessoal dos EUA" em Taiwan, embora não tenha desenvolvido esta questão.

Anteriormente, os legisladores reuniram-se com a atual líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, que instou os visitantes a resolverem o mais rapidamente possível a questão da dupla tributação entre os EUA e Taiwan, com o objetivo de "promover o investimento nos dois sentidos e uma cooperação industrial mais estreita".

A visita dos congressistas ocorre apenas duas semanas antes do 45.º aniversário da Lei das Relações com Taiwan, uma lei norte-americana que definiu o quadro jurídico das relações entre Washington e Taipé após o reconhecimento da República Popular da China em 1979.

A ilha foi visitada por vários políticos e antigos funcionários dos EUA nos últimos meses, incluindo os congressistas Ami Bera e Mario Diaz-Balart - líderes da bancada de Taiwan na Câmara dos Representantes dos EUA -, o antigo Conselheiro de Segurança Nacional Stephen Hadley (2005-2009) e o antigo Secretário de Estado Adjunto James Steinberg (2009-2011).

As visitas de representantes dos EUA a Taiwan têm sido constantes nos últimos dois anos e continuaram mesmo após a crise entre Pequim e Washington, desencadeada pela viagem a Taipé da então Presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, em agosto de 2022, que enfureceu a China.

Taiwan - para onde o exército nacionalista chinês se retirou após a derrota às mãos das tropas comunistas na guerra civil - é governada de forma autónoma desde 1949, embora a China reivindique a soberania sobre a ilha, que considera uma província sua para cuja "reunificação" não descartou o uso da força.

Os Estados Unidos, como a maioria das nações, não reconhecem Taiwan como um país. No entanto, estão obrigados pelas leis norte-americanas a garantir que a ilha se pode defender e consideram todas as ameaças a Taiwan como uma questão de "grave preocupação".

Leia Também: China culpa "separatismo" do governo de Taiwan pela falta de comunicação

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