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Flanco leste da UE apela a concretização do alargamento à Ucrânia

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países do flanco leste da União Europeia (UE) apelaram hoje, no Parlamento Europeu, à concretização do processo de alargamento do bloco à Ucrânia e a outros nações candidatas.

Flanco leste da UE apela a concretização do alargamento à Ucrânia
Notícias ao Minuto

09:57 - 19/03/24 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

Durante uma sessão inédita do Comité de Negócios Estrangeiros do Parlamento Europeu (PE), em Bruxelas, os ministros de vários países da UE encontraram-se com eurodeputados para discutir o alargamento, que já era uma das principais questões do bloco político-económico, mas ganhou outra relevância desde a invasão da Ucrânia pela Rússia.

"As instituições de hoje têm de mostrar capacidade de liderança, o alargamento nunca foi tão importante como é hoje", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Lituânia, Gabrielius Landsbergis.

O governante advertiu que se a União Europeia não aproveitar a oportunidade de integrar países como a Ucrânia, "há quem vá aproveitar para prejudicar" o bloco comunitário, aludindo a Moscovo.

"É uma jogada geopolítica importantíssima, é a maior garantia de segurança e de crescimento da Ucrânia a longo prazo, por isso, faço um apelo para que as negociações comecem, mais tardar, em junho", acrescentou, criticando a "chantagem da Hungria" nos últimos meses.

"Peço a Budapeste que não tenha miopia", completou.

A Lituânia é um dos países do bloco que mais tem apelado à integração da Ucrânia, insistindo que tem de estar concluída até 2030.

Outros países, como Portugal, têm uma postura mais cautelosa, não querendo frustrar expectativas dos candidatos, mas advertem que incluir mais países só é possível com uma reforma estrutural das instituições europeias.

Em consonância com o homólogo lituano, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Letónia, Krisjanis Karins, dramatizou "uma dicotomia" no contexto geopolítico atual.

"Ou pertencemos todos à União Europeia ou somos influenciados, talvez através de uma invasão, pela Rússia", referiu.

Já o ministro dos Negócios Estrangeiros da Estónia, Margus Tsahkna, considerou que o Presidente russo, Vladimir Putin, "é o maior patrocinador" da UE e da Aliança Atlântica, aludindo à adesão da Finlândia e da Suécia ao bloco político-militar na sequência da invasão da Ucrânia, e dos pedidos de adesão à UE e progressos nesse sentido de vários países que outrora não tinham pretensões europeias.

E perante eurodeputados e seus homólogos deixou um aviso: "Acabou o tempo das áreas cinzentas, é preciso avançar e criar a nova arquitetura de segurança da Europa. As áreas cinzentas [posições ambíguas e neutralidade] são luz verde para agressões por parte de Putin".

Mais de dois anos depois da invasão russa, que ocupou grandes porções do território da Ucrânia (já tinha ocupado a Crimeia em 2014), a Ucrânia avançou com um pedido de adesão à UE e à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

Em dezembro de 2023, a Comissão Europeia considerou que as autoridades ucranianas tinham feito o suficiente para reformar o país e equipará-lo, tanto quanto possível até hoje, aos padrões europeus, recomendando por isso a abertura de negociações formais para adesão.

A NATO, por seu turno, reconhece há vários meses que a Ucrânia fará parte do bloco político-militar e como sinal disso criou, inclusive, o Conselho NATO-Ucrânia, mas a adesão plena, como país abrangido pelo artigo que confere proteção total, só será possível, pelo menos, com um cessar do conflito no território ucraniano.

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