Junta militar de Myanmar lança sistema de recrutamento forçado

A junta militar de Myanmar (ex-Birmânia), no poder desde o golpe de Estado de 2021, lançou um sistema de recolha de informações de civis no país para um recrutamento militar forçado.

Myanmar, Conflito,

© Getty Images

Lusa
15/03/2024 13:30 ‧ 15/03/2024 por Lusa

Mundo

Myanmar

Várias equipas administrativas da junta militar já estão a recolher dados sobre civis em dezenas de cidades, incluindo Rangum e Naypyidaw, apesar das reclamações de centenas de organizações não-governamentais (ONG), que apelaram ao Conselho de Segurança da ONU para acabar com esse recrutamento, segundo a agência de notícias Europa Press.

Muitas famílias estão a tentar negociar para garantir que os seus filhos e filhas não sejam incluídos na lista, embora, para evitar o recrutamento, sejam obrigados a pagar grandes somas de dinheiro, segundo vários residentes de Rangum.

De acordo com a agência de notícias EFE, a junta birmanesa, que planeia recrutar por anos 60 mil civis a partir de abril, já iniciou o recrutamento forçado de centenas de rohingyas, uma minoria muçulmana que é vítima de uma campanha de assédio militar, que a ONU está a investigar como um possível genocídio.

Cerca de um milhão de rohingyas fugiram de Myanmar, sobretudo a partir de 2017, e estão a viver em campos de refugiados sobrelotados e precários no vizinho Bangladesh.

Lin Ko, um birmanês que vive na zona leste da cidade Rangum, alertou que o exército de Myanmar está a aproveitar-se da situação para "tirar dinheiro" da população, porque "os pais não querem que os seus filhos morram na guerra".

Em fevereiro, foi anunciado no país asiático a possibilidade do recrutamento forçado de todos os homens até 45 anos e mulheres até 35 anos.

O serviço militar pode durar até cinco anos, enquanto vigorar o atual estado de emergência decretado pelas autoridades militares birmanesas.

Leia Também: Procurador dos EUA acusa suposto chefe do crime japonês de tráfico nuclear

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