O exército já tinha negado durante a noite ter disparado sobre a multidão, mas sem dar pormenores sobre a sua versão dos factos.

Já o Ministério da Saúde do Hamas disse que "os disparos israelitas" sobre a multidão causaram 20 mortos e mais de uma centena de feridos.

A agência palestiniana Wafa noticiou que "aviões de combate e 'drones' israelitas lançaram rajadas de tiros e mísseis contra uma multidão de pessoas que esperavam pela entrega de alimentos e fornecimento de ajuda humanitária".

Na versão do exército israelita, "palestinianos armados abriram fogo enquanto os civis de Gaza aguardavam a chegada do comboio de ajuda", cerca de uma hora antes de os camiões aparecerem.

Quando os camiões chegaram, "os palestinianos armados continuaram a disparar, enquanto a multidão de habitantes de Gaza começava a saquear os camiões", disse o exército num comunicado citado pela agência francesa AFP.

O exército israelita disse também que vários civis foram atropelados pelos camiões, cuja passagem foi assegurada pelos militares de Israel.

No hospital de Al-Chifa, na cidade de Gaza, um correspondente da AFP viu muitas ambulâncias que transportavam cadáveres e pessoas com ferimentos de bala.

O exército israelita afirmou ainda que "não foram disparados tiros de tanques, ataques aéreos ou tiros na direção de civis".

"Os terroristas do Hamas continuam a atacar os civis de Gaza que procuram alimentos e o Hamas acusa Israel de ser o responsável", acrescentou o exército de Israel.

As informações divulgadas por Israel e Hamas sobre os combates na Faixa de Gaza não podem ser verificadas de imediato de forma independente.

A guerra em curso foi desencadeada pelo ataque do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que provocou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades de Israel.

Desde então, as forças de defesa israelitas lançaram uma ofensiva em Gaza que causou 31.490 mortos, segundo um novo balanço divulgado hoje pelo Ministério de Saúde do enclave palestiniano, controlado pelo Hamas desde 2007.

Nas últimas 24 horas, foram mortas 149 pessoas, segundo a mesma fonte.

Israel, Estados Unidos e União Europeia consideram o Hamas como uma organização terrorista.

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