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Prestes a ir a votos, Moldova acusa interferência russa "sem precedentes"

Serviço de inteligência moldavo disse antever que a Rússia planeia lançar ataques híbridos contra o país entre 2024 e 2025.

Prestes a ir a votos, Moldova acusa interferência russa "sem precedentes"
Notícias ao Minuto

16:05 - 05/03/24 por José Miguel Pires

Mundo Moldova

O Serviço de Inteligência e Segurança (SIS) da Moldova publicou um relatório em que alerta para a interferência russa "sem precedentes" que poderá atingir o país, numa altura em que se prepara para votar um referendo sobre a entrada na União Europeia (UE), bem como a eleição do seu próximo presidente.

Segundo a agência de notícias Associated Press (AP), o SIS disse ter recolhido informação que indica que a Rússia planeia lançar vastos ataques híbridos contra a Moldova, entre 2024 e 2025, para tentar recuperar a influência sobre a antiga república soviética.

"Há informações sobre uma tentativa de comprometer o referendo sobre a integração europeia e as eleições presidenciais para denegrir instituições e candidatos que irão promover a ideia de integração europeia", disse o chefe do SIS, Alexandru Musteata.

O relatório conclui que parte da estratégia russa passará pelo "uso extensivo de redes sociais", entre elas o Telegram e o TikTok, para apoiar figuras políticas pró-Moscovo. Também se prevê a criação de crises económicas e sociopolíticas, para além do encorajamento de manifestações contra o governo moldavo e a provocação de "lutas sociais para incitar ódio interétnico".

No centro da estratégia da Rússia estará o oligarca moldavo pró-Moscovo Ilan Shor, líder do partido Shor, que foi banido em 2023, por ter sido considerado inconstitucional.

A Moldova, que faz fronteira com a Ucrânia e a Roménia, obteve estatuto de candidata à União Europeia em 2022. Um referendo nacional sobre a adesão ao bloco europeu está programado para o outono deste ano, seguindo-se as eleições presidenciais.

Na semana passada, a tensão aumentou na região separatista da Transnístria, localizada na fronteira da Moldova com a Ucrânia, levando o governo local a pedir proteção a Moscovo contra alegada pressão económica de Chisinau.

Leia Também: O que se passa na Transnístria e o que levou ao pedido de ajuda à Rússia?

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