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Guterres marca "aniversário sombrio" de golpe militar em Myanmar

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, assinalou hoje o terceiro "aniversário sombrio" desde que militares derrubaram o Governo eleito em Myanmar, apelando a uma transição democrática e regresso à administração civil.

Guterres marca "aniversário sombrio" de golpe militar em Myanmar
Notícias ao Minuto

20:06 - 31/01/24 por Lusa

Mundo Myanmar

A posição de Guterres foi transmitida em comunicado pelo seu porta-voz, Stéphane Dujarric, que indicou que desde que os militares derrubaram o Governo e detiveram arbitrariamente os seus líderes, em 01 de fevereiro de 2021, a crise em Myanmar (antiga Birmânia) continua a deteriorar-se, com impactos devastadores sobre os civis.

"Neste aniversário sombrio, o secretário-geral sublinha a urgência de abrir um caminho para uma transição democrática com um regresso à administração civil. O secretário-geral condena todas as formas de violência e apela à proteção dos civis e à cessação das hostilidades", diz a nota.

O ex-primeiro-ministro português defendeu o fim da "campanha militar de violência contra civis e da repressão política", advogando que os responsáveis devem prestar contas.

Guterres também reiterou a sua preocupação relativamente à intenção declarada dos militares de avançar para eleições "num contexto de intensificação de conflitos e de violações dos direitos humanos em todo o país".

Cerca de 18,6 milhões de pessoas em Myanmar -- um terço da população -- necessitam urgentemente de apoio humanitário este ano, em comparação com um milhão de pessoas que tinham essa necessidade antes da tomada militar, segundo dados da ONU, que tem apelado por acesso humanitário desimpedido.

"O secretário-geral manifesta-se solidário com o povo de Myanmar e com o seu desejo de uma sociedade inclusiva, pacífica e justa e sublinha a necessidade de garantir a proteção de todas as comunidades, incluindo os Rohingya, que arriscam viagens perigosas em números crescentes em busca de segurança, direitos básicos e dignidade", conclui a nota, apelando ainda a uma "ação coletiva coerente" da comunidade internacional.

Myanmar tem estado em turbulência desde a tomada do poder pelo Exército em 2021, o que levou a protestos pacíficos em todo o país que o Governo da Junta Militar reprimiu com recurso à violência, desencadeando uma resistência armada generalizada que alguns responsáveis da ONU caracterizaram como guerra civil.

Leia Também: Governo de Myanmar no exílio quer negociar fim da junta militar no poder

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