"Durante a viagem, ambos os navios relataram ter visto explosões nas proximidades e a escolta da Marinha dos EUA também intercetou vários projéteis", disse a Maersk em comunicado, que explica que os navios de guerra norte-americanos fizeram escolta até ao Golfo de Aden.
A Maersk informou que ambos os navios transportavam carga pertencente aos Departamentos de Defesa e de Estado dos EUA, bem como a outras agências governamentais, o que significa que "receberam a proteção da Marinha dos EUA para a passagem pelo estreito".
As suspeitas da autoria das explosões recaem sobre os Huthi, rebeldes do Iémen apoiados pelo Irão que têm realizado vários ataques a navios no Mar Vermelho, a pretexto de retaliação pela ofensiva israelita contra o movimento palestiniano Hamas em Gaza, e que estão a ser alvo de retaliações por forças norte-americanas e britânicas.
A situação que envolve os navios porta-contentores Maersk Detroit e Maersk Chesapeake aumentam ainda mais o risco dos ataques em curso do grupo ao transporte marítimo através do estreito de Bab el-Mandeb.
Entretanto, o Qatar - um dos maiores exportadores mundiais de gás natural liquefeito - avisou que as suas entregas de energia foram afetadas pelos contínuos ataques Huthi devido à guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza.
Os navios que foram escoltados pela Marinha dos EUA são operados pela Maersk Line, uma subsidiária norte-americana da Maersk que decidiu "suspender o trânsito na região até novo aviso", disse a empresa.
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