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Laboratório chinês sequenciou Covid-19 semanas antes de ser conhecido

Ainda que o sequenciamento do vírus não dê conta da sua origem, o relatório volta a colocar em causa a forma como as autoridades chinesas partilharam as informações que tinham ao seu dispor no brotar da pandemia.

Laboratório chinês sequenciou Covid-19 semanas antes de ser conhecido
Notícias ao Minuto

20:14 - 18/01/24 por Notícias ao Minuto

Mundo Covid-19

A sequência genética do SARS-CoV-2, o vírus que causa a doença Covid-19, foi submetida numa base de dados do Instituto Nacional de Saúde norte-americano duas semanas antes da divulgação pelo governo chinês, segundo documentos que foram partilhados com legisladores dos EUA e divulgados na quarta-feira.

Ainda que não dê conta da origem do coronavírus, o relatório volta a colocar em causa a forma como as autoridades chinesas partilharam as informações que tinham ao seu dispor no brotar da pandemia, o que poderá ter atrasado o desenvolvimento das vacinas, noticiou o The Wall Street Journal.

Aquele meio revelou que Lili Ren, virologista do Instituto de Biologia de Patógenos da Academia Chinesa de Ciências Médicas, em Pequim, submeteu uma sequência genética do SARS-CoV-2 ao GenBank, um banco de dados acessível ao público e supervisionado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, no dia 28 de dezembro de 2019.

A entidade sinalizou o envio três dias depois, tendo alertado Ren por e-mail que o documento estava incompleto e solicitando que fornecesse informações adicionais. Contudo, o caso deixou de estar pendente a 16 de janeiro de 2020, uma vez que a cientista não cumpriu o solicitado.

Já a 12 de janeiro de 2020, uma outra equipa de investigadores chineses submeteu uma sequência genética do SARS-CoV-2 “quase idêntica” à de Ren no GenBank, segundo uma carta enviada por Melanie Anne Egorin, funcionária do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, endereçada aos líderes do Comité de Energia e Comércio da Câmara de Deputados dos EUA.

De qualquer modo, os dados de Ren nunca ficaram acessíveis ao público, o que poderá ter atrasado as investigações ao vírus e o desenvolvimento de vacinas.

Em comunicado, três membros do Comité salientaram que esta descoberta coloca em causa a conduta dos oficiais chineses no que diz respeito ao SARS-CoV-2.

“O povo norte-americano merece saber a verdade sobre as origens do SARS-CoV-2, e a nossa investigação revelou inúmeras causas de preocupação, incluindo a forma como o dinheiro dos contribuintes é gasto, como funcionam as agências de saúde pública do nosso governo e a necessidade de mais supervisão de bolsas de pesquisa para cientistas estrangeiros”, disseram os republicanos.

Recorde-se que a Covid-19 é uma doença respiratória causada pelo SARS-CoV-2, um tipo de vírus detetado em finais de 2019 na China e que se disseminou rapidamente pelo mundo, assumindo várias variantes e subvariantes, umas mais contagiosas do que outras.

A doença foi classificada como pandemia a 11 de março de 2020 e, em maio de 2023, deixou de ser uma emergência de saúde pública internacional.

Em Portugal, o primeiro caso e o primeiro óbito relacionados com o coronavírus registaram-se em março de 2020. Até hoje, segundo dados da Direção-Geral da Saúde, morreram mais 28 mil pessoas devido à Covid-19.

Leia Também: Testes da Covid-19 custaram ao Estado mais 153,4 milhões do que deviam

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