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UE e Mercosul sublinham empenho para "finalizar questões pendentes"

A União Europeia (UE) e os países do Mercado Comum do Sul (Mercosul) garantiram hoje estarem "empenhados em discussões construtivas" com vista a "finalizar as questões pendentes" para concluir em breve um acordo comercial, apesar dos novos bloqueios.

UE e Mercosul sublinham empenho para "finalizar questões pendentes"
Notícias ao Minuto

19:52 - 07/12/23 por Lusa

Mundo Acordo

"A UE e o Mercosul estão empenhados em discussões construtivas com vista a finalizar as questões pendentes no âmbito do acordo de associação", referem os dois blocos, numa posição hoje divulgada.

Numa altura em que novos bloqueios relacionados com exigências ambientais europeias e ceticismo latino-americano baixaram as expectativas para um acordo ainda este ano, a UE e o Mercosul sublinham que "as negociações prosseguem com a ambição de concluir o processo e chegar a um acordo que seja mutuamente benéfico para ambas as regiões e que responda às exigências e aspirações das respetivas sociedades".

"Nos últimos meses, registaram-se progressos consideráveis" e, "com base nos progressos realizados até à data nas negociações, ambas as partes esperam chegar rapidamente a um acordo que corresponda à natureza estratégica dos laços que as unem e à contribuição crucial que podem oferecer para enfrentar os desafios globais em domínios como o desenvolvimento sustentável, a redução das desigualdades e o multilateralismo", adiantam.

A posição foi divulgada no dia da 63.ª Cimeira de chefes de Estado do Mercosul, que acontece hoje no Rio de Janeiro, marcada pelo anúncio da entrada da Bolívia e do acordo com Singapura, mas com expectativas frustradas sobre o acordo com a UE.

A UE e Mercosul têm mantido um contacto regular no sentido de conseguirem concluir as negociações nomeadamente em questões como os compromissos ambientais, após um primeiro aval em 2019, que não teve seguimento.

As discussões evoluíram nos últimos dois meses levando à expectativa de acordo nesta cimeira, mas recentes acontecimentos políticos baixaram as ambições.

Javier Milei, candidato ultraliberal que venceu as eleições presidenciais da Argentina, tem vindo a defender posições polémicas como a retirada da Argentina do Mercosul, que classificou como uma "união aduaneira de má qualidade, que cria distorções comerciais e prejudica os membros", criticando ainda o acordo comercial deste bloco com a UE, que vê como desfavorável.

Além das críticas da Argentina, também o Presidente francês, Emmanuel Macron, disse no domingo estar "contra" o acordo por não estarem a ser tidas em conta questões de biodiversidade e clima.

O acordo UE-Mercosul abrange os 27 Estados-membros da UE mais Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, o equivalente a 25% da economia global e 780 milhões de pessoas, quase 10% da população mundial.

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