Moldova denuncia acordo de cooperação com a Rússia
O Parlamento moldavo denunciou hoje o acordo intergovernamental de cooperação entre o Ministério de Segurança Nacional do país e o Serviço de Inteligência Externa russo, juntamente com outros seis acordos com a Comunidade de Estados Independentes.
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Mundo Moldova
Segundo o portal Agora.md, os acordos denunciados dizem respeito à cooperação com os países da Comunidade de Estados Independentes (CEI) no domínio da proteção da saúde da população, atividades de informação, assistência mútua em caso de acidentes e outras situações de emergência em instalações elétricas.
Os acordos abordam também o fornecimento de armamento e equipamento militar aos serviços fronteiriços e à investigação científica e nuclear.
A denúncia destes acordos foi proposta pelo Ministério da Saúde, pelo Ministério do Interior, pelo Ministério da Educação e Investigação e ainda pelo Serviço de Informação e Segurança da Moldova.
Trata-se de uma decisão do ministro dos Negócios Estrangeiros e da Integração Europeia da Moldova, Nicu Popescu, em fevereiro, que previu a denúncia de um total de 330 acordos com a CEI.
A Moldova retirou-se, em julho, da Assembleia Interparlamentar da CEI, como parte da estratégia de distanciamento do bloco pós-soviético.
"Após 30 anos, tornou-se muito claro que a inclusão da República da Moldova nas estruturas da CEI não nos ajudou a resolver o conflito da Transnístria, a retirar o exército russo do território da República da Moldova", disse na altura o presidente do Parlamento moldavo, Igor Grosu.
O deputado sublinhou que a adesão à CEI também não protegeu a Moldova "da chantagem energética em pleno inverno, das ameaças e dos comunicados oficiais hostis".
"Depois de um país fundador da CEI, a Federação Russa, ter atacado brutalmente outro Estado fundador, a Ucrânia, ocupando os seus territórios e matando os seus cidadãos, esta organização já não pode ser considerada uma comunidade", afirmou Grosu.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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