Dez lápides judaicas vandalizadas em cemitério militar alemão em França

Dez lápides judaicas foram hoje vandalizadas no norte da França num cemitério militar alemão da Primeira Guerra Mundial, um ato condenado "com a maior força" pelo Presidente francês Emmanuel Macron.

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Lusa
15/11/2023 23:59 ‧ 15/11/2023 por Lusa

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França

"Só posso obviamente condenar com a maior força o facto de as dez lápides judaicas terem sido profanadas", realçou o chefe de Estado francês durante uma conferência de imprensa na Suíça.

Emmanuel Macron lembrou o seu "compromisso pessoal" de "lutar implacável e incansavelmente contra todas as formas do antissemitismo".

Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, a França registou um aumento acentuado de atos antissemitas, com mais de 1.500 incidentes registados pelas autoridades desde 07 de outubro, em comparação com 436 durante todo o ano de 2022.

Após a descoberta de lápides vandalizadas na cidade de Moulin-sous-Touvent, no departamento de Oise, foi aberta uma investigação por "graves violações (...) cometidas devido à raça, etnia, nação, religião", anunciou o gabinete do procurador local.

A prefeita Catherine Séguin, que representa o Estado no departamento, condenou, em comunicado, "atos abjetos" contra "soldados que morreram durante a Grande Guerra" e enviou uma "mensagem de apoio e paz aos descendentes" soldados cujos túmulos "acabam de foi profanado".

O cemitério de Moulin-sous-Touvent "reúne 1.903 túmulos de soldados alemães cristãos e judeus que lutaram durante a Primeira Guerra Mundial", detalharam as autoridades francesas.

Os cemitérios judaicos são regularmente alvo de danos em França.

Em dezembro de 2019, foram descobertas inscrições antissemitas em cerca de uma centena de sepulturas no cemitério judeu de Westhoffen, no leste do país.

Alguns meses antes, 96 dos 245 túmulos do cemitério judeu de Quatzenheim, localizado a cerca de quinze quilómetros de distância, estavam cobertos de suásticas.

Na altura, o Presidente Emmanuel Macron visitou o local e prometeu ações e leis "fortes e claras".

A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 40.º dia e continua a ameaçar estender-se a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 11.320 mortos, na maioria civis, 28.200 feridos, 3.250 desaparecidos sob os escombros e mais de 1,6 milhões de deslocados, segundo o mais recente balanço das autoridades locais.

Leia Também: Brasil prende 3.º suspeito ligado ao Hezbollah com planos terroristas

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