Ao final da tarde de hoje, dia de luto nacional no Cazaquistão, as equipas de salvamento continuavam a procurar o último mineiro desaparecido, avançou o Ministério das Situações de Emergência do Cazaquistão em comunicado.
No entanto, as hipóteses de encontrar este mineiro com vida são "praticamente nulas", adiantou a mesma fonte. O acidente é já o mais mortífero na história deste país da Ásia Central desde a independência da União Soviética.
A explosão que se deu na mina de Kostenko, em Karaganda (centro do Cazaquistão), vem juntar-se a uma longa lista de tragédias já ocorridas nas instalações da ArcelorMittal no Cazaquistão e levou a que o governo anunciasse um acordo para nacionalizar a filial local do gigante mundial do aço.
O balanço anterior das autoridades locais indicava que 32 pessoas haviam morrido no acidente.
Os demais mineiros foram retirados da mina Kostenko. De acordo com as autoridades locais, havia 252 trabalhadores no local na hora do acidente.
Um incêndio deflagrou na mina de carvão no final da noite de sexta-feira, segundo dados preliminares, devido a uma explosão de metano, segundo a empresa ArcelorMittal Temirtau, a maior do Cazaquistão.
Imediatamente após o anúncio da tragédia, o Presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, ordenou, num comunicado de imprensa, "terminar a cooperação" com o grupo. O líder cazaque deslocou-se ao local do acidente, segundo o gabinete presidencial.
A subsidiária cazaque da ArcelorMittal, uma das líderes mundiais nos setores siderúrgico e mineiro, é regularmente acusada pelas autoridades de não respeitar as normas de segurança e ambientais.
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