Quase 20 anos após o desaparecimento de Natalee Holloway, em Aruba, o principal suspeito do crime confessou ter sido o responsável pela morte da norte-americana, de 18 anos.
Joran van der Sloot, hoje com 36 anos, admitiu ter agredido a jovem do estado do Alabama até à morte, numa praia, depois de esta ter recusado os seus avanços sexuais, tendo depois atirado o seu corpo para o mar.
Os novos dados sobre o caso, que cativou a atenção dos norte-americanos durante as últimas duas décadas, foram conhecidos na quarta-feira
"Naquilo que me diz respeito, chegou ao fim. Joran van der Sloot já não é suspeito da morte da milha filha, ele é o assassino", afirmou Beth Holloway, mãe da vítima.
Joran van der Sloot, o autor do crime© Getty Images/ERNESTO BENAVIDES
Natalee Holloway desapareceu durante uma viagem de final de ano. Foi vista pela última vez a 30 de maio de 2005, a abandonar um bar na companhia do agora confesso autor do crime.
Joran van der Sloot, de nacionalidade neerlandesa, era estudante internacional na ilha caribenha, onde aliás cresceu.
Este foi várias vezes interrogado sobre o desaparecimento de Natalee, mas nunca formalmente acusado. A jovem foi dada como morta, embora o seu corpo nunca tenha sido descoberto.
O crime foi desvendado agora no âmbito de uma investigação em que Joran era acusado de extorquir e defraudar a família de Holloway numa conspiração para vender informações sobre o paradeiro dos restos mortais de Holloway em troca de 250 mil dólares [236 mil euros]. O homem chegou a acordo com o tribunal, tendo-se disponibilizado para confessar o crime, em troca de uma pena menor, indica a Associated Press.
Joran van der Sloot declarou-se culpado de uma acusação de extorsão e de fraude eletrónica em troca de uma pena de 20 anos. Essa pena será aplicada simultaneamente com a pena de 28 anos que está a cumprir no Peru por ter morto outra mulher, Stephany Flores, em 2010.
A juíza americana Anna Manasco disse que os pormenores da sua confissão foram tidos em conta na decisão de condenação.
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