A polícia no Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (EAU), apreendeu na quinta-feira cerca de 13 toneladas de comprimidos de 'Captagon', uma anfetamina, que foi contrabandeada para o país escondida no interior de peças de mobiliário.

Em imagens divulgadas pelas redes sociais pelo ministro do interior do país, as autoridades explicaram que foram alertadas para um contentor suspeito numa zona de mercadorias, encontrado o estupefaciente. O vídeo demonstra ainda a polícia a destruir os painéis e portas de madeira do mobiliário, revelando os comprimidos.

No total, foram encontrados 86 milhões de comprimidos, com o valor a superar os mil milhões de dólares (mais de 940 milhões de euros). Foram desmanteladas 651 portas e 432 painéis, espalhados por cinco contentores de mercadoria.

Seis pessoas foram detidas na sequência da operação, acrescentou o chefe do departamento de narcóticos da polícia dos EAU, citado pela BBC.

•إحباط تهريب أكثر من 13 طناً من أقراص الكبتاجون المخدرة موزعة في 5 حاويات.
•قيمتها السوقية تجاوزت الـ 3 مليارات درهم.
•العصابة الإجرامية حاولت تهريب المواد المخدرة عبر دسها في 651 باب و 432 لوح ديكور.
•ألقي القبض على أفراد العصابة الإجرامية الستة متلبسين.

أشكر الأخ الفريق… pic.twitter.com/8gXD1CD6iE

— سيف بن زايد آل نهيان (@SaifBZayed) September 14, 2023

O 'Captagon' é uma das drogas sintéticas mais populares dos países do Golfo, com a BBC a descrever a anfetamina como uma versão mais barata de cocaína. Apesar da polícia do Dubai não ter revelado a origem da encomenda, a Síria é constantemente acusada por autoridades internacionais por produzir quantidades elevadas desta droga, chegando a distribui-la aos seus soldados durante o pico da guerra civil, que nunca terminou.

A emissora britânica explica ainda que a pobreza extrema que tem arrasado a Síria, muito por causa da guerra que começou em 2011 após uma tentativa de revolução contra o ditador Bashar al-Assad, obrigou vários jovens a envolverem-se no narcotráfico de 'Captagon', um negócio valerá milhares de milhões de euros.

O governo sírio continua a negar qualquer tipo de envolvimento na produção e distribuição de narcotráfico, mas relatórios por parte de autoridades militares, nomeadamente nos Estados Unidos, afirmam que figuras poderosas em Damasco e até na família de Bashar al-Assad têm beneficiado deste sistema.

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