Os confrontos na capital do estado, Garowe, aconteceram enquanto decorria uma sessão parlamentar para debater mudanças na Constituição local, que a oposição vê como uma tentativa do Presidente de Puntland de estender o seu mandato.
"Oito pessoas morreram nos confrontos e mais uma dúzia ficaram feridas, incluindo civis", disse Abdiweli Hassan, um polícia de Garowe, citado pela agência France-Presse.
Os confrontos eclodiram quando homens armados leais a membros da oposição atacaram forças de segurança que protegiam o parlamento e tentaram perturbar a sessão, disse, garantindo que a calma já tinha regressado.
Uma testemunha, Mohamednur Ali, disse ter visto seis corpos e descreveu os confrontos como "muito intensos" tendo "ambos os lados usado metralhadoras pesadas", acrescentou.
Em maio, Puntland realizou eleições locais, as primeiras eleições diretas da Somália em mais de meio século, fora da região separatista da Somalilândia.
A oposição acusou o Presidente do estado de Puntland, Said Abdullahi Deni, de manipular o processo eleitoral e de tentar alterar a Constituição para lhe permitir prolongar o seu mandato, que termina em janeiro de 2024.
Uma região árida e rica em petróleo no nordeste da Somália, Puntland declarou autonomia em 1998 e as relações com o governo central em Mogadíscio têm sido frequentemente tensas.
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