As autoridades de Nashville, no estado norte-americano do Tennessee, publicaram, esta quinta-feira, três chamadas feitas pelas vítimas do tiroteio que ocorreu na cidade, na segunda-feira.

Numa das chamadas, um homem diz que está com um grupo de pessoas, incluindo crianças, e que se estão a afastar da escola cristã em direção à estrada. O homem mantém-se calmo, mas é possível ouvir o barulho de fundo a confusão do que se está a passar. Quando é questionado sobre como se parece o potencial atirador, o homem passa a chamada a uma outra pessoa, que diz que tudo o que viu foi que alguém tinha uma arma semiautomática na mão. "Estava no 2.º andar", referiu, acrescentando que a pessoa estava vestida com um colete e um padrão de camuflagem.

Já uma outra mulher, professora, também denunciou a situação logo às autoridades, enquanto se escondia no interior do edifício. "Parece que alguém está a disparar", afirmou, notando que houve depois uma interrupção, que não durou muito. "Estou a ouvir mais tiros [...]. Por favor, despachem-se", pediu a professora.

A funcionária que atendeu a chamada perguntou-lhe também se estava no local seguro, ao que ela respondeu que "achava que sim". É possível ouvir algumas crianças ao longo das chamadas.

Uma terceira pessoa pediu também ajuda e disse que estava no 2.º andar do edifício. "Acho que temos um atirador na nossa igreja", denunciou, acrescentando: "Estou numa sala no 2.º andar. Acho que o atirador também está neste andar".

O ataque aconteceu na segunda-feira, e fez seis vítimas. entre as quais três crianças de nove anos e o diretor da escola primária, um auxiliar e um professor substituto, todos na casa dos 60 anos. A atiradora era uma antiga aluna da instituição, que, de acordo com as autoridades estava sob os cuidados de um médico por causa de um distúrbio emocional não revelado. A agressora, Audrey Hale, de 28 anos, acabou por ser morta pelas autoridades.

Ouça as chamadas abaixo:

Nashville Police have released the 911 calls from the Covenant School shooting. It's harrowing to listen to. pic.twitter.com/3PO9tmar05

— Ian Miles Cheong (@stillgray) March 30, 2023

Leia Também: "Diz não à violência armada". Professores e alunos protestam em Brooklyn