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EUA. Mulher condenada a 6 anos por passar por veterana de guerra doente

Sarah Jane Cavanaugh falsificou documentos para lesar o estado em quase 300 mil euros, usando benefícios dados a veteranos para pagar ginásios, yoga e compras.

EUA. Mulher condenada a 6 anos por passar por veterana de guerra doente
Notícias ao Minuto

15:24 - 15/03/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Estados Unidos

Uma mulher norte-americana, que trabalhava num hospital para veteranos de guerra, foi condenada, esta semana, a seis anos de prisão, depois de se ter descoberto que tinha usado informações de um utente com cancro para ter acesso a quase 300 mil euros em benefícios fiscais a veteranos, donativos de associações e para dar conferências sobre as forças armadas.

O tribunal distrital da cidade de Providence, no estado de Rhode Island, também ordenou que a mulher, Sarah Jane Cavanaugh, de 32 anos, indemnizasse todos os lesados na totalidade.

Segundo explica a Associated Press, citando o processo, Cavanaugh extorquiu ao máximo todos os benefícios que o estatuto de veterana condecorada permite. De modo a manter a fraude viva, a mulher comprou medalhas de mérito em combate para levar a eventos para os quais era convidada.

Sarah Cavanaugh nunca fez parte das forças armadas mas, através do seu emprego como assistente social no Centro Hospital de Assuntos de Veteranos, em Providence, a mulher conseguiu aceder aos documentos e registos médicos de um veterano - cuja identidade foi ocultada no processo tornado público -, que tinha efetivamente cancro. Através destes ficheiros, a funcionária falsificou os seus próprios documentos e roubou quase todos os detalhes da identidade do homem.

Durante anos, a mulher convenceu as autoridades e o público de que combatera no Iraque e no Afeganistão, entre 2009 e 2016, chegou ao cargo de privado e que foi diagnosticada com cancro no pulmão, por ter sido alegadamente exposta a partículas explosivas em combate.

Numa ação que o procurador, Zachary Cunha, considerou "chegar ao poço da depravação moral", Cavanaugh disse que não conseguia pagar o tratamento para o cancro (que não tinha), e o mesmo ex-combatente a quem tinha roubado os dados acedeu em pagar-lhe o tratamento, no valor de 560 euros por mês.

A arguida também aceitou mais de 210 mil euros em donativos por parte da Wounded Warrior Project, uma associação de apoio a veteranos, que usou para pagar aulas de ginásio, aulas de yoga, compras, fisioterapia, entre outras coisas. No ginásio, Cavanaugh chegou a dizer a outras pessoas que tinha ficado ferida nos dedos, pedindo a alguém que lhe atasse os atacadores.

A Associated Press acrescenta que, durante o julgamento, uma testemunha, veterano de guerra, contou que Sarah Cavanaugh ficou com o lugar de outro veterano numa terapia  de arte para ex-combatentes. A segunda pessoa acabou por se suicidar e Cavanaugh angariou 14 mil euros com o programa.

O esquema foi descoberto pela HunterSeven Foundation, outra organização não-governamental, que desconfiou dos pedidos de apoio da funcionária e apresentou queixa na procuradoria de Providence.

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