Um antigo banqueiro é acusado de desviar quase 15 milhões de euros de um amigo para investir no seu estilo de vida, nomeadamente na compra de um Porsche, e no financiamento do casamento da filha, em Genebra, na Suíça.
Segundo o 20 Minutes, o homem, já reformado, com 75 anos, compareceu esta quarta-feira no Tribunal penal de Bellinzona. Está acusado pelo Ministério Público Federal suíço dos crimes de abuso de confiança agravado, falsificação de documentos e branqueamento de capitais contra um cliente e "amigo íntimo de várias décadas".
A acusação refere que o homem celebrou um acordo para gerir os bens do amigo, um belga de 78 anos. Entre 2009 e 2015, o banqueiro, que estudou em Harvard, fez-se passar pelo beneficiário efetivo desses fundos e alienou indevidamente mais de 14 milhões de francos suíços (mais de 14,9 milhões de euros) para financiar o seu estilo de vida e investir, entre outros locais, na República Dominica.
O arguido alegou que, juntamente com o amigo, tinha criado uma empresa "para ocultar a identidade do queixoso em relação a estes fundos" e que ele era livre de dispor do dinheiro como bem entendesse. "A minha intenção era financiar projetos, mas nunca enriquecer”, defendeu.
No entanto, ao ser interrogado sobre os débitos diretos efetuados para financiar o casamento da filha e para a compra de um Porsche, disse: "Foi a empresa que me pagou os honorários a que tinha direito e que utilizei para as minhas despesas".
Quanto aos extratos bancários falsificados, o homem admitiu as alterações, mas disse que foram feitas a pedido do seu cliente.
O Ministério Público pediu condenação a uma pena de 5 anos e 11 meses de prisão, além de uma indemnização de mais de 14 milhões de francos suíços. A sentença será conhecida em 11 de julho.
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