"As ameaças americanas de intervenção militar contra o Irão estão a levar a região à beira da explosão", afirmou o Hamas em comunicado, no qual expressa "forte condenação" das "ameaças americanas".
"Alertamos para o perigo do envolvimento direto dos EUA", afirmou o movimento palestiniano, que insta "os países árabes e islâmicos a adotarem uma postura unificada e responsável" face aos ataques israelitas.
Para o Hamas, os ataques israelitas contra o Irão, seu principal aliado, "constituem uma flagrante violação do direito internacional e uma ameaça direta à segurança e à paz na região e no mundo".
Dos aliados regionais iranianos - o autodenominado "eixo da resistência" anti-Israel - apenas os rebeldes Huthis do Iémen lançaram alguns mísseis nos últimas dias contra Telavive, em apoio de Teerão.
No Líbano, o Hezbollah mantém-se nos últimos dias inativo, depois de a sua capacidade militar ter sido seriamente afetada pelo conflito com Israel em 2024.
O Hezbollah atacou Israel em outubro de 2023, na sequência da incursão em território israelita do Hamas, outro membro do "eixo da resistência", que desencadeou a resposta israelita contra os vários movimentos políticos e militares apoiados por Teerão, financeira e militarmente.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, reuniu hoje o seu Conselho de Segurança Nacional para discutir o conflito entre Israel e Irão, anunciou a Casa Branca, enquanto pondera uma intervenção neste país.
A reunião, que decorreu na Sala de Situação da Casa Branca, durou cerca de uma hora e 20 minutos, disse à AP um funcionário da presidência norte-americana que pediu o anonimato.
As autoridades norte-americanas insistem que Washington não está envolvido na ofensiva israelita, salientando que Donald Trump continua a considerar todas as opções possíveis.
Segundo os media norte-americanos, as opções em cima da mesa incluem a utilização de bombas norte-americanas de alta potência, conhecidas como "destruidoras de 'bunkers'", contra a instalação nuclear iraniana de Fordo, construída debaixo de uma montanha.
Israel tem nos últimos dias visado vários alvos do programa nuclear iraniano - incluindo instalações e cientistas - mas as suas bombas não conseguem atingir alvos a tão grande profundidade como Fordo.
A cadeia televisiva NBC noticiou, com base em altos responsáveis da administração que falaram anonimamente, que entre as opções consideradas por Trump está um ataque ao Irão.
Trump deu hoje a entender que entre as opções consideradas pelos Estados Unidos está a eliminação do líder supremo do Irão.
O Presidente norte-americano afirmou saber "onde se esconde" o 'ayatollah' Ali Khamenei, mas afastou, "por enquanto", tomar a decisão de matá-lo.
"Sabemos exatamente onde se esconde o chamado 'líder supremo'. É um alvo fácil, mas lá ele está seguro. Não vamos eliminá-lo (matá-lo!), pelo menos por enquanto", afirmou o chefe de Estado norte-americano na sua plataforma Truth Social.
Trump advertiu que não quer "que sejam disparados mísseis contra civis ou soldados norte-americanos" e destacou que "a paciência está a esgotar-se".
"Rendição incondicional", acrescentou, noutra publicação na rede social, o Presidente norte-americano, recorrendo à escrita em letras maiúsculas, como faz frequentemente para enfatizar a mensagem.
O Presidente norte-americano sugeriu que a ofensiva ocorreu porque expirou o prazo que impôs a Teerão para fechar um acordo nuclear.
Israel iniciou em 13 de junho uma ofensiva contra o Irão, alegando ter como alvo o programa nuclear do país e a capacidade de fabrico de mísseis.
O Irão respondeu com o lançamento de mísseis e 'drones' contra diversas cidades israelitas.
Desde sexta-feira, terão morrido mais de 200 pessoas no Irão e cerca de três dezenas em Israel devido aos bombardeamentos mútuos, segundo as duas partes beligerantes.
Trump, afirmou hoje que os Estados Unidos (EUA) "têm agora o controlo total e completo dos céus do Irão", após a vaga de bombardeamentos do Exército israelita.
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