Mais de 400 cidadãos da UE retirados de Israel em voos apoiados pela CE

Mais de 400 cidadãos da União Europeia (UE), de países como Eslováquia, Lituânia, Grécia e Polónia, foram retirados de Israel na sequência do encerramento do espaço aéreo israelita devido às tensões na região, em voos apoiados pela Comissão Europeia.

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© Reuters

Lusa
18/06/2025 15:21 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Israel/Irão

A informação foi hoje avançada pela porta-voz do executivo comunitário para a área da gestão de crises, Eva Hrncírová, que na conferência diária da instituição, em Bruxelas, indicou que, "até agora, estima-se que mais de 400 cidadãos europeus tenham sido repatriados através do mecanismo de proteção civil da UE".

 

"Isto é feito através do nosso Mecanismo de Proteção Civil. Como sabem, os Estados-membros podem ativar este mecanismo -- o que aconteceu no caso da Eslováquia, da Lituânia, da Grécia e da Polónia -- (...), que pediram ou solicitaram a nossa ajuda e nós, obviamente, prestamo-la, o que significa que ajudamos na coordenação e também ajudamos nas partidas assistidas de cidadãos europeus a partir da Jordânia e do Egito", afirmou a representante.

A situação na região do Médio Oriente agravou-se nos últimos dias após Israel ter iniciado, a 13 de junho, uma ofensiva contra o Irão, que justificou com os progressos do programa nuclear iraniano e a ameaça que a produção de mísseis balísticos por Teerão representa para o país.

Eva Hrncírová explicou ainda que em causa estão "pessoas que ficaram retidas em Israel devido ao facto de o espaço aéreo acima de Israel estar encerrado", sendo que os voos aconteceram na segunda-feira.

A porta-voz apontou que "as pessoas afetadas têm de contactar as suas embaixadas", pois cabe aos países da UE solicitar tal ajuda à Comissão Europeia no âmbito do Mecanismo Europeu de Proteção Civil.

O executivo comunitário cofinancia até 75% dos custos de transporte.

Ainda na conferência de imprensa diária da Comissão Europeia, em Bruxelas, o porta-voz da instituição para os Negócios Estrangeiros, Anouar El Anouni, garantiu que a UE está a "acompanhar a situação e em estreito contacto com as delegações no terreno porque trata a segurança do pessoal como uma questão da máxima prioridade".

"Estamos cientes de que alguns Estados-membros anunciaram a partida assistida de voos do Egito e da Jordânia e iremos, como habitualmente, incentivar a coordenação para ajudar o maior número possível de cidadãos necessitados", adiantou Anouar El Anouni.

Na segunda-feira, o Governo português anunciou que já tinha retirado portugueses do Irão e que estava em curso uma operação de repatriamento em Israel para responder aos 130 pedidos de repatriamento registados.

Já na terça-feira, o executivo determinou o encerramento temporário da embaixada em Teerão e afirmou que prosseguem as operações de repatriamento no Médio Oriente, tendo sido nesse dia retirados mais sete portugueses do Irão.

A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis.

O Irão retaliou com centenas de mísseis contra Israel.

O conflito já fez dezenas de mortos e centenas de feridos de ambos os lados.

Desde o início da guerra entre Israel e o grupo extremista palestiniano Hamas em Gaza, em outubro de 2023, o Médio Oriente tem vivido uma escalada contínua de violência.

Os bombardeamentos massivos de Israel na Faixa de Gaza, em retaliação aos ataques do Hamas de 07 de outubro de 2023, causaram milhares de mortos, a maioria civis, e destruíram grande parte das infraestruturas do enclave palestiniano.

Este conflito gerou forte indignação no mundo árabe, desencadeando ações de grupos como o Hezbollah no Líbano e de outras milícias apoiadas pelo Irão em toda a região.

Leia Também: Telavive atenua restrições à população até sexta-feira

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