Kyiv? Putin concordou com garantias inspiradas no pacto de defesa da NATO

O enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, disse hoje que Putin concordou, na cimeira com Donald Trump, que sejam dadas à Ucrânia garantias de segurança semelhantes ao mandato de defesa coletiva da NATO.

Donald Trump, Vladimir Putin,

© Getty Images

Lusa
17/08/2025 16:24 ‧ há 1 hora por Lusa

Mundo

Steve Witkoff

"Conseguimos obter a seguinte concessão: que os Estados Unidos poderiam oferecer proteção semelhante à do artigo 5.º, que é uma das verdadeiras razões pelas quais a Ucrânia quer entrar na NATO", disse Steve Witkoff no programa 'State of the Union' da CNN.

 

"Foi a primeira vez que ouvimos os russos concordarem com isso", acrescentou.

Witkoff, que revelou alguns dos primeiros detalhes do que foi discutido na cimeira de sexta-feira no Alasca, disse que as duas partes concordaram com "garantias de segurança robustas", descrevendo-as como "revolucionárias".

A Rússia, acrescentou, disse que assumiria um compromisso legislativo de não anexar qualquer território adicional na Ucrânia.

"Os russos fizeram algumas concessões relativamente às cinco regiões [do leste da Ucrânia]. Há uma discussão importante sobre Donetsk e o que acontecerá lá", disse Witkoff na entrevista, que acontece dois dias após uma cimeira entre os Presidentes Donald Trump e Vladimir Putin em Anchorage, no Alasca, e da qual não saíram avanços em relação a um cessar-fogo na Ucrânia.

As declarações surgem também na véspera da receção na Casa Branca do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e de líderes europeus.

Quem são os líderes europeus que vão acompanhar Zelensky a Washington?

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O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e o Presidente finlandês, Alexander Stubb, vão juntar-se ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e a outros líderes europeus no encontro com o Presidente norte-americano, Donald Trump, na segunda-feira em Washington.

Lusa | 13:35 - 17/08/2025

O enviado de Donald Trump para a Ucrânia mostrou-se otimista em relação ao encontro, manifestando a expectativa de que se possa chegar a um consenso.

"Estou otimista de que teremos uma reunião produtiva na segunda-feira, que chegaremos a um consenso real, que poderemos voltar aos russos e avançar com este acordo de paz e concluí-lo", disse Steve Witkoff.

Witkoff defendeu a decisão de Trump de abandonar a pressão para que a Rússia concordasse com um cessar-fogo imediato, dizendo que o Presidente tinha mudado para um acordo de paz porque se tinha feito um grande progresso.

"Começámos a ver alguma moderação na forma como eles estão a pensar em chegar a um acordo de paz final. Cobrimos quase todas as outras questões necessárias para um acordo de paz", disse, sem dar mais detalhes.

Também hoje, Donald Trump reclamou "grandes progressos" com a Rússia numa mensagem sucinta publicada na sua rede social, Truth Social.

"Grandes progressos em relação à Rússia. A acompanhar!", escreveu.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, elogiou já a proposta de Donald Trump de oferecer garantias de segurança à Ucrânia inspiradas na NATO (Aliança Atlântica) e disse esperar uma cimeira tripartida "o mais rapidamente possível".

Von der Leyen elogia proposta de Trump de

Von der Leyen elogia proposta de Trump de "dar garantias de segurança"

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, elogiou hoje a proposta de Donald Trump de oferecer garantias de segurança à Ucrânia, inspiradas na NATO (aliança atlântica), e disse esperar uma cimeira tripartida "o mais rapidamente possível".

Lusa | 14:55 - 17/08/2025

Vários líderes europeus, incluindo o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, estão hoje reunidos por videoconferência com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para preparar o encontro com o Presidente dos Estados Unidos da América (EUA).

O encontro de segunda-feira, que decorrerá na Casa Branca, foi convocado após a cimeira entre o líder norte-americano e o homólogo russo, Vladimir Putin, no Alasca, que terminou sem um acordo de cessar-fogo na Ucrânia, como pretendia Donald Trump.

Depois da cimeira de sexta-feira, o Presidente dos EUA passou a defender um acordo de paz como solução para a guerra na Ucrânia, iniciado pela invasão russa em fevereiro de 2022.

[Notícia atualizada às 16h26]

Leia Também: "Vai parar de matar?", pergunta jornalista a Putin (que finge não ouvir)

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