O líder da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, visitou, pela primeira vez, as áreas da Síria controladas por forças rebeldes, nesta quarta-feira.
Ghebreyesus fez um apelo ao apoio internacional à Síria após os sismos que abalaram o país no início de fevereiro, e que fizeram cerca de seis mil mortos no país.
"O povo do nordeste da Síria precisa da ajuda da comunidade internacional para recuperar-se e reconstruir", disse Ghebreyesus aos jornalistas, após entrar no país vindo da Turquia.
"Peço à comunidade internacional, governos, filantropos, indivíduos, que cavem fundo", acrescentou o mais alto funcionário das Nações Unidas a visitar esta região desde o início da guerra civil, há quase 12 anos.
"Acabo de visitar o noroeste da Síria. A profundidade do sofrimento é difícil de transmitir. Sentei-me com pais que me contaram sobre a perda dos seus filhos e me mostraram as suas preciosas fotos. Raramente estive tão de coração partido", disse o líder da OMS, numa publicação no Twitter.
I just visited north-west #Syria. The depth of suffering is difficult to convey. I sat with parents who told me about losing their children and showed me their precious photos. I have rarely been so heartbroken. pic.twitter.com/y8Q6MiPoYK
— Tedros Adhanom Ghebreyesus (@DrTedros) March 1, 2023
A ONU lançou um apelo de 397 milhões de dólares (cerca de 372 milhões de euros) para ajudar as vítimas dos sismos na Síria, mas Ghebreyesus alertou não estar a receber "tanto quanto necessário para esta emergência".
Um sismo atingiu a Turquia e a Síria a 6 de fevereiro, seguido de várias réplicas, resultando em mais de 50 mil mortos nos dois países.
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