A candidatura da Finlândia e da Suécia à NATO está um passo mais próxima de se cumprir, graças à abertura do debate sobre a mesma, nesta quarta-feira, no parlamento húngaro. Começa assim a discussão sobre a ratificação deste processo por parte de Budapeste, após ter adiado as conversas durante vários meses.
Os dois países nórdicos oficializaram o seu desejo de fazer parte da NATO no ano passado, mas, primeiro, os 30 membros da aliança militar devem ratificar este processo, e tem havido alguma retaliação tanto da Hungria como da Turquia, que acusa Estocolmo de dar abrigo a entidades consideradas terroristas por Ancara.
Conforme avançou a agência Reuters, a presidente húngara Katalin Novak e um funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros instaram os parlamentares húngaros a ratificar a entrada da Finlândia e da Suécia na NATO "o mais rápido possível", apesar de apenas cerca de uma décima parte dos 199 membros do parlamento terem comparecido ao debate de abertura do processo, estando uma votação final prevista para a segunda quinzena de março.
"A expansão da NATO para a Finlândia e a Suécia é um passo significativo para fortalecer a segurança da região euro-atlântica", disse o secretário de Estado do Ministério dos Negócios Estrangeiros húngaro, Peter Sztaray, discursando numa sala quase vazia. "A adesão da Finlândia e da Suécia à NATO serve à nossa política externa, segurança e interesses económicos e também fortalece a NATO", acrescentou Sztaray.
Na sexta-feira passada, o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán disse que, antes de votar na proposta de adesão da Finlândia e da Suécia, são necessárias mais conversas entre os grupos parlamentares sobre o assunto.
Os restantes Estados-membros assinaram o acordo para a entrada da Suécia e da Finlândia em 5 de julho de 2022.
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