Naufrágio em Itália. Polícia detém três pessoas por suspeita de tráfico
Os três detidos são um turco e dois paquistaneses.
© Getty Images
Mundo Migrações
Pelo menos três pessoas foram detidas por alegada responsabilidade no tráfico dos imigrantes que seguiam no barco que naufragou na madrugada de domingo a poucos metros da costa, fazendo pelo menos 64 mortos.
Segundo a BBC, os três detidos são um turco e dois paquistaneses.
Esta terça-feira a Frontex revelou que avisou, no sábado à tarde, as autoridades italianas para a presença no Mediterrâneo da embarcação com migrantes.
A patrulha da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex), que seguia num avião, enviou a mensagem ao ponto de contacto nacional das forças de segurança italianas e ao Centro de Operações da Guarda Costeira, sobre uma embarcação que "navegava sem problemas, a seis nós [de velocidade], com boa flutuabilidade e uma única pessoa visível no convés".
A Guarda Costeira italiana informou que, após ser alertada, comunicou com um outro navio que se encontrava nas imediações do ponto referenciado pela patrulha da Frontex para proceder à "interceção da embarcação".
No entanto, várias horas se passaram sem que o barco fosse detetado, segundo o relato divulgado pelas autoridades italianas.
Segundo o mesmo relato, a partir das 04h30 locais (03h30 em Lisboa), as autoridades costeiras italianas começaram a receber chamadas telefónicas de "pessoas em terra" que "alertaram para a existência de um barco em perigo a poucos metros da costa", dando-se, então, início ao processo de coordenação entre as diferentes forças de segurança.
"Esta é a primeira informação de emergência recebida pela Guarda Costeira em relação à embarcação avistada pelo avião da Frontex", explicou o órgão de segurança, que aproveitou para esclarecer que nenhuma das chamadas partiu do navio em perigo.
Em seguida, os 'Carabinieri' (polícia militar italiana), previamente alertados pela Guarda Costeira, chegaram à área e reportaram, então, o naufrágio.
A partir desse momento, os diferentes órgãos de segurança ativaram o dispositivo de emergência sob a coordenação da Guarda Costeira da Região da Calábria "com o envio de meios navais e aéreos, homens e meios terrestres para a área indicada".
Mas os esforços foram inúteis, pois o barco ficou destruído após colidir com rochas na costa de Steccato di Cutro.
Até agora, foram resgatados 82 sobreviventes e localizados 64 cadáveres, embora a Organização Internacional para as Migrações (OIM) tenha indicado à agência noticiosa espanhola EFE que o número de mortos poderá ultrapassar a centena.
A embarcação, que partira quatro dias antes da costa da Turquia, transportava cerca de 200 migrantes procedentes do Iraque, Irão, Afeganistão e Síria.
Leia Também: Aumenta para 64 o número de mortos no naufrágio ao largo de Itália
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com