Bebé morreu por doença. Pais estiveram detidos cinco dias injustamente

O advogado da família revela que, de acordo com a autópsia realizada ao recém-nascido de apenas 21 dias, "a bebé tinha uma cardiopatia congénita que não foi detetada e lhe causou morte cerebral".

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Notícias ao Minuto
16/02/2023 11:18 ‧ 16/02/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Argentina

Um casal de nacionalidade argentina esteve detido durante cinco dias, durante os quais foram maltratados pela polícia, em Buenos Aires, por alegados abusos sexuais e posterior morte da filha bebé.

A tormenta desta família começou há uma semana, quando Layla Rivero e Gabriel Barrientos se dirigiram ao hospital Balestrini porque a bebé, de apenas 21 dias, ter-se-ia engasgado com leite durante a amamentação e parado de respirar.

A equipa médica de plantão na unidade hospitalar tentou reanimar a bebé, mas sem sucesso, tendo, pouco depois, declarado a sua morte cerebral.

Numa análise posterior, os médicos entenderam que havia sinais de abuso sexual, pelo que deu o alerta à polícia.

Os pais de luto foram encaminhados para a esquadra, local onde souberam que a sua quarta filha não sobreviveu e que estavam indiciados por homicídio qualificado e abuso sexual.

Rivero e Barrientos foram então detidos, tendo ficado encarcerados durante cinco dias, durante os quais foram maltratados pelos guardas prisionais.

Na sequência da detenção do casal, o Ministério Público pediu para investigar se os outros três filhos menores - de oito, sete e cinco anos - também teriam sido vítimas de abusos.

No entanto, chegados os resultados da autópsia, as conclusões foram muito diferentes das dos pediatras do hospital argentino. O relatório concluiu que não haviam quaisquer lesões associadas a indícios de abusos sexuais. 

Assim, o juiz ordenou a libertação do casal, que está agora a recuperar do sucedido e a planear denunciar a equipa médica e os agentes policiais responsáveis ​​pela sua custódia durante os dias em que estiveram detidos.

"O que vivemos foi uma provação, desde o momento em que entramos na esquadra até à saída. Levámos estalos, pontapés, não nos queriam dar água nem deixar que entrássemos em contato com a nossa família. Foi a pior coisa que nos aconteceu na vida. Não pudemos despedir-nos da nossa filha, não nos contaram nada", afirma Layla, citada pelo jornal El País, acrescentando que foi incentivada a testemunhar contra o marido.

"A bebé tinha uma cardiopatia congénita que não foi detetada e lhe causou morte cerebral. Tinha sangue nas narinas e na boca porque os seus pulmões falharam. É o que diz a autópsia", esclarece o advogado da família, citado pelo mesmo jornal, acrescentando ainda que o Ministério Público abriu um inquérito para esclarecer o incumprimento da ordem judicial que impunha o isolamento dos pais na prisão.

Leia Também: Bebé curada por tratamento milionário pago pelo SNS britânico

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