As forças policiais responderam na segunda-feira à tarde a uma chamada de emergência no bairro de Morrisania, no Bronx, e encontraram a menor, Evette Jeffrey, inconsciente, com um ferimento de bala na cabeça, com a sua morte a ser confirmada num hospital local, de acordo com os meios de comunicação social norte-americanos.
"A nossa cidade sofreu outra tragédia sem sentido", sublinhou a chefe da polícia, Jessica Tisch, numa conferência de imprensa, logo após o incidente.
Tisch explicou, sustentada num vídeo de vigilância, que os jovens saíram do pátio da escola e entraram num corredor próximo, onde começou uma luta entre alguns. Um deles deu um murro na cara de outro, derrubando-o, e continuou a bater noutros alunos.
Após abandonarem o local, o grupo dirigiu-se para a rua, onde o rapaz anteriormente derrubado se aproximou de quem o tinha atingido, alguém lhe entregou uma arma de fogo e com ela disparou três vezes.
Nesse momento, a vítima estava a sair da escola de scooter e, embora outro aluno a tenha tentado proteger atrás de um muro de tijolos, a jovem foi atingida por um dos tiros enquanto outros correram para se proteger, relatou o New York Times.
Tisch observou que o número de vítimas de tiroteios no Bronx aumentou 200% no ano passado em comparação com 2018, antes da entrada em vigor da lei que mudou a forma como os tribunais lidam com a maioria dos jovens de 16 e 17 anos acusados de crimes.
O presidente da Câmara de Nova Iorque, Eric Adams, foi ao local e disse que o atirador juvenil tinha ameaçado a mãe com uma arma.
Numa mensagem na rede social X, lamentou o sucedido: "Um suspeito de 14 anos baleou e matou uma adolescente de 16. Bebés a matar bebés. É uma tragédia inimaginável e estou a rezar pela família da vítima."
"Nem sei o que dizer quando acontece um tiroteio como este. Como pais, devemos continuar a fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para garantir que os nossos filhos não têm acesso a armas", acrescentou.
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