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Eis o que a polícia encontrou no esconderijo do mafioso Matteo Denaro

O apartamento estava inserido num prédio modesto perto da cidade de Campobello di Mazara. Lá, as autoridades encontraram várias roupas de marcas de luxo, perfumes... e viagra.

Eis o que a polícia encontrou no esconderijo do mafioso Matteo Denaro
Notícias ao Minuto

15:55 - 17/01/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Itália

As autoridades italianas encontraram, esta terça-feira, vários perfumes, roupas de marcas de luxo e viagra num apartamento que acreditam ser o esconderijo de Matteo Messina Denaro, o líder da máfia Cosa Nostra, que foi ontem detido após 30 anos em fuga

Segundo a agência de notícias The Associated Press (AP), que cita fontes judiciais, o apartamento estava inserido num prédio modesto perto da cidade de Campobello di Mazara, na província italiana de Trapani, em Sicília. 

No local, foi ainda encontrado um frigorífico cheio e vários recibos de restaurantes.

“Ele tinha uma vida normal, ia ao supermercado”, disse o magistrado Paolo Guido, um dos responsáveis pela investigação. 

À imprensa italiana, uma das vizinhas de Messina Denaro descreveu-o como “simpático”. “Vivo no primeiro andar do edifício. Vi esta pessoa algumas vezes, cumprimentei-o e nada mais. Ele respondeu de uma forma cordial”, contou Rosario Cognata.

As autoridades acreditam que Matteo Messina Denaro tenha residido no apartamento durante o último ano e prosseguem as investigações para encontrar outros locais onde o líder da máfia se possa ter escondido. 

O homem foi detido numa clínica privada em Palermo, onde estava a ser tratado a um cancro, segundo a imprensa italiana. Esta terça-feira, foi noticiado que um médico está a ser investigado sob suspeita de ter ajudado o líder da máfia, que recebia tratamento sob um nome falso.

Messina Denaro deve cumprir as várias condenações pelos atentados de 1993 em Florença, Roma e Milão em que morreram, no total, 10 pessoas. Denaro é também apontado pela justiça italiana como o "cérebro" do atentado à bomba que provocou a morte dos magistrados antimáfia em 1992, Paolo Borsellino e Giovani Falcone e a mulher, Francesca Morvillo, e ainda dos oito agentes que compunham a escolta. 

A última sentença refere o papel de Messina Denaro na "estratégia dos atentados da Cosa Nostra" para pressionar o Estado, nos anos 1990 e provou a participação direta do mafioso nos atentados de 1992, reivindicados por Totò Riina, e nos ataques de 1993 oro s por Bernado Provenzano, um outro chefe da máfia siciliana. 

Após os atentados de 1993, Messina Denaro desapareceu e, após a prisão de Riina e Provenzano, considerou-se que comandava a Cosa Nostra a partir de um paradeiro desconhecido.  

Leia Também: Chefe da Máfia detido na Sicília levado para prisão de segurança máxima

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