O Departamento de Justiça emitiu hoje "mais de 20 intimações a médicos e clínicas envolvidos na realização de procedimentos médicos transgénero em crianças" para que testemunhem e forneçam documentação às autoridades federais, no âmbito de uma investigação que, segundo um comunicado divulgado por aquele, procura descobrir "fraudes na saúde" ou "deturpações".
"Os profissionais e organizações médicas que mutilaram menores ao serviço de uma ideologia distorcida serão responsabilizados perante este Departamento de Justiça", acrescenta a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, num breve texto.
Uma semana depois de regressar ao poder, em janeiro, Trump assinou uma ordem executiva estipulando que o seu governo "não financiará, patrocinará, promoverá, ajudará ou apoiará a chamada 'transição' de um menor de um género para outro".
Trump também garantiu que iria "aplicar rigorosamente todas as leis que proíbem ou limitam estes procedimentos destrutivos".
O seu governo acusa a Associação Profissional Mundial para a Saúde dos Transgéneros (WPATH) de promover "os danos causados às crianças pela mutilação química e cirúrgica" e de não ter "integridade científica" para o fazer.
Desde janeiro, a administração nova-iorquina adotou e fez aprovar medidas agressivas que muitos juristas e organizações de defesa dos direitos civis consideram como um grande retrocesso na proteção das pessoas transgénero nos Estados Unidos.
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