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"Incitamento ao genocídio". Kuleba quer "propaganda russa" banida da UE

A posição apresentada pelo governante ucraniano surge após um polémico excerto de um programa da televisão estatal russa ter sido partilhado online.

"Incitamento ao genocídio". Kuleba quer "propaganda russa" banida da UE

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dymtro Kuleba, recorreu à rede social Twitter para acusar a televisão estatal russa de  "incitamento ao genocídio" contra os ucranianos.

A posição apresentada pelo governante ucraniano surge depois de um excerto de um programa da televisão estatal russa, partilhado online, mostrar o apresentador, Roman Babayan, a explicar que os militares do país "começaram agora a atacar as infraestruturas de gás" de toda a Ucrânia.

Em causa está uma afirmação que levou o político russo Boris Chernyshov a argumentar que os ataques eram simplesmente "retaliatórios" e uma "expressão do santo ódio" dos russos face a Kyiv. Referindo-se aos ucranianos, o legislador disse ainda que eles "ficarão sentados sem gás, sem luz e sem mais nada" ao longo deste inverno, e rematou: "Eles têm de congelar e apodrecer ali".

Durante a sua argumentação, que fez no contexto de um painel pró-russo que debatia a guerra na Ucrânia e a atual estratégia militar de Moscovo, o político russo pediu ainda aos ucranianos para que saíssem às ruas e pusessem "fim ao regime nazi de Zelensky".

A estes comentários seguiram-se os do antigo político ucraniano Vladimir Oleynik, que descreveu o povo ucraniano como "oprimido" e que usou a palavra "terrorista" para descrever o chefe de Estado de Kyiv.

"Zelensky encaixa em todos os critérios de um terrorista", referiu Vladimir Oleynik, que vaticinou: "Lembra-se dele ser comparado ao Bin Laden, da Al-Qaeda? O seu destino é o mesmo".

Estas afirmações levaram Dymtro Kuleba a defender que a "propaganda estatal russa na UE e nos restantes locais deve ser totalmente banida". Isto numa altura em que, prosseguiu na mesma publicação, os protagonistas destes conteúdos já "admitem que a Rússia bombardeia as infraestruturas críticas da Ucrânia para infligir condições de vida insuportáveis a civis e apelam a mais ataques".

A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, provocou já mais de 6.500 mortes entre civis, de acordo com os mais recentes cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU). Pelo menos 437 crianças perderam a vida na sequência desta ofensiva, com outras 837 a terem ficado feridas.

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