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Igreja espanhola torna pública posição sobre lei do aborto e lei trans

Ambas estão em processo parlamentar.

Igreja espanhola torna pública posição sobre lei do aborto e lei trans

Os bispos da Subcomissão Episcopal para a Família e Defesa da Vida de Espanha publicaram, esta segunda-feira, uma nota sobre a nova lei do aborto e a lei trans - ambas em processo parlamentar -, recordando que o Papa Francisco considera a ideologia do género como um dos maiores ataques à dignidade humana e à família.

Devido à missão da Igreja de "defender e mostrar a dignidade de cada pessoa, criada à imagem e semelhança de Deus", os bispos da Conferência Episcopal espanhola advertiram que, nos últimos meses, foram introduzidas iniciativas legislativas que, nas suas palavras, "minam seriamente" o bem da pessoa e a sua dignidade.

Segundo o jornal espanhol ABC, entre as questões que mais preocupam os líderes da Igreja espanhola estão a "promulgação do aborto como um direito, o ataque à igualdade que permite o aborto para deficientes até cinco meses e meio, a possibilidade de raparigas de 16 e 17 anos de idade poderem fazer um aborto sem o consentimento dos pais, a obrigação para os médicos que se recusam a realizar abortos de se registarem como objetores de consciência ou a eliminação do período de reflexão antes de fazerem um aborto e de informação sobre alternativas ao aborto".

Quanto à lei trans, os bispos sublinham a sua "preocupação" dado que defendem conter "elementos realmente preocupantes de imposição da teoria queer, que questiona radicalmente a identidade sexual das pessoas em todas as áreas da vida pessoal, familiar e social, estabelecendo e impondo arbitrariamente uma única conceção antropológica".

Os bispos recordaram também que, durante o seu pontificado, o Papa Francisco abordou, em numerosas ocasiões e sempre num "tom crítico", a chamada "ideologia do género", considerando-a "um dos maiores ataques do nosso tempo contra a dignidade humana e, talvez, a maior ameaça existente contra a família". De acordo com a Conferência Episcopal, a nova lei trans baseia-se nesta ideologia de género.

Face a este ideal católico, os bispos salientaram que "a antropologia própria" significa que a pessoa é a união do corpo e da alma, "sendo o corpo um bem de criação e uma expressão da pessoa".

No comunicado frisam ainda que a Igreja "é uma Mãe que quer ir ao encontro de mulheres em risco de aborto porque estão sozinhas e sem recursos, mulheres que tiveram um aborto e sofrem as consequências desta decisão" e também que a Igreja acolhe "pessoas que sofrem de disforia de género e as famílias de crianças e adolescentes que estão confusas acerca da sua identidade e precisam de acompanhamento".

No final, os bispos pediram à Santa Maria, "Mãe da Vida e Rainha da Família", que interceda para lhes dar "criatividade para estabelecer a tão necessária cultura da vida e da caridade para cuidar de pessoas que permanecem feridas na beira da estrada".

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