Azerbaijão devolve à Arménia 17 prisioneiros de guerra
O Ministério da Defesa da Arménia informou hoje que o Azerbaijão libertou 17 prisioneiros de guerra após uma mediação da União Europeia (UE).
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Mundo Guerra
"Hoje, a parte azeri devolveu à parte arménia 17 militares devido à mediação da UE", informou o ministério, citado pela agência noticiosa Armenpress.
As autoridades arménias divulgaram os nomes dos militares, que estavam detidos desde os recentes incidentes junto à fronteira comum.
Segundo o portal azeri Haqqin.az, quatro dos militares arménios ficaram feridos durante os confrontos, tendo recebido tratamento médico.
A mais recente escalada na fronteira entre os dois países ocorreu em setembro passado, na sequência de confrontos que provocaram a morte de mais de 150 soldados dos dois países do Cáucaso.
Na segunda-feira, a Comissão Europeia pediu ao Azerbaijão e Arménia que investiguem os vídeos que circulam nas redes sociais em que soldados azeris e arménios são vistos a matar prisioneiros adversários durante os últimos confrontos entre os dois países.
Segundo o porta-voz do executivo comunitário para os Negócios Estrangeiros, Peter Stano, se for provada a autenticidade dos vídeos, as imagens mostram "atos de crimes de guerra".
"Os autores desses atos horrendos devem ser responsabilizados e esses crimes devem ser claramente condenados", acrescentou Stano, que pediu às autoridades do Azerbaijão e da Arménia que realizem uma "investigação imediata e completa".
O porta-voz expressou-se na mesma linha do enviado especial da União Europeia (UE) para o Sul do Cáucaso, Toivo Klaar, que indicou ter recebido os vídeos no domingo, tal como explicou na sua conta pessoal na rede social Twitter.
O embaixador da Arménia para Missões Internacionais, Edmon Marukyan, rejeitou veementemente as declarações de Toivo Klaar, nas quais o enviado da UE denunciou possíveis "crimes de guerra" arménios contra prisioneiros de guerra do Azerbaijão.
"Tenho a certeza de que as forças arménias nunca cometeram tais crimes de guerra. Não pode haver comparação com o que vimos neste vídeo desprezível que mostra as execuções extrajudiciais azeris dos prisioneiros de guerra arménios", defendeu Marukian nas redes sociais.
No entanto, o Defensor dos Direitos do Azerbaijão, entidade oficial azeri, assumiu ter enviado uma série de gravações a organizações internacionais nas quais são observadas as situações relatadas, negando as declarações de Marukian de que eram "falsas acusações".
Em meados de setembro, os Governos da Arménia e do Azerbaijão concordaram em respeitar um cessar-fogo, após os últimos confrontos na fronteira.
Os combates foram os mais graves desde 2020, quando os dois países se confrontaram pelo controlo do enclave Nagorno-Karabakh, um território de maioria arménia que tem sido foco de conflitos desde que, em 1988, decidiu separar-se da região do Azerbaijão integrada na então União Soviética.
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