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Conferência Episcopal da Venezuela solidária com Igreja na Nicarágua

A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) manifestou solidariedade com a Igreja Católica na Nicarágua, na sequência da detenção do bispo Rolando Álvarez, crítico do governo de Daniel Ortega.

Conferência Episcopal da Venezuela solidária com Igreja na Nicarágua
Notícias ao Minuto

06:39 - 21/08/22 por Lusa

Mundo bispo Rolando Álvarez

A instituição lamentou a detenção de Álvarez, na sexta-feira, e afirmou tratar-se de uma "expressão não só de uma atitude hostil para com a Igreja Católica, mas também da grave deterioração do Estado de direito e das garantias dos cidadãos no país irmão", de acordo com uma declaração divulgada no sábado pela arquidiocese de Caracas.

A CEV apelou ao respeito pela vida, integridade e saúde de todos os bispos, padres, diáconos, agentes pastorais religiosos e leigos, "assegurando o pleno uso dos direitos cívicos de mobilização, expressão de opiniões próprias e garantias de liberdade de culto e religião para todos".

Nos últimos meses, a CEV disse estar a seguir com "atenção e preocupação" os acontecimentos que têm "afetado a Igreja irmã na Nicarágua".

"Infelizmente, esta situação, longe de encontrar uma resolução adequada no quadro da legalidade e do respeito pela liberdade religiosa e pela fé católica professada pela grande maioria do povo nicaraguense, agravou-se", acrescentou.

Na sexta-feira, a polícia nicaraguense entrou à força no Palácio Episcopal da diocese de Matagalpa (norte) e deteve Álvarez, de 55 anos, e sete colaboradores.

Álvarez, bispo daquela diocese e administrador apostólico da diocese de Estelí, é acusado pela polícia de tentar "organizar grupos violentos", alegadamente para "desestabilizar o Estado e atacar as autoridades constitucionais".

Por seu lado, os bispos da Conferência Episcopal do Panamá (CEP) manifestaram, este sábado, "profunda preocupação e repúdio" pela violência governamental contra o povo e as autoridades eclesiásticas na Nicarágua, denunciando ações evidentes que põem em perigo a "liberdade religiosa" no país.

"As ações do governo nicaraguense, escudado sob uma operação com o fim de 'recuperar a normalidade para a sociedade e as famílias de Matagalpa', deixam evidente a violação da liberdade religiosa neste país de tradição cristã", salientou a CEP.

Este ano, o Governo da Nicarágua expulsou o núncio apostólico Waldemar Stanislaw Sommertag, bem como 16 freiras da ordem das Missionárias da Caridade, deteve três sacerdotes, fechou oito emissoras católicas e retirou três canais católicos da programação televisiva por assinatura.

O Presidente Daniel Ortega apelidou de "terroristas" os bispos nicaraguenses mediadores no diálogo nacional de procura de uma saída pacífica para a crise que atravessa o país desde abril de 2018.

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