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América Central solidária com Igreja Católica da Nicarágua

O Secretariado Episcopal da América Central (SEDAC) expressou na sexta-feira solidariedade com a Igreja na Nicarágua, na sequência da detenção do bispo Rolando Álvarez, crítico do Governo de Daniel Ortega.

América Central solidária com Igreja Católica da Nicarágua

© iStock

Lusa
20/08/2022 06:41 ‧ há 3 anos por Lusa

"Expressamos a nossa proximidade e total solidariedade com monsenhor Rolando Álvarez Lagos, bispo de Matagalpa e administrador apostólico da diocese de Esteli, com a Conferência Episcopal da Nicarágua e com toda a igreja daquela república irmã", disse a organização, que reúne os bispos da América Central, numa declaração.

O SEDAC pediu também "uma solução para o grave problema social que esta amada nação está a atravessar, através de um diálogo sincero".

"Exortamos o povo santo e fiel de Deus, das nossas Igrejas particulares na América Central, a unir-se em oração pela paz na Nicarágua" para que a Nicarágua possa "alcançar a paz muito em breve", disse o SEDAC, atualmente presidido pelo arcebispo de San Salvador, José Luis Escobar, e o único cardeal salvadorenho, Gregorio Rosa Chávez.

O bispo Álvarez, um forte crítico do Governo de Daniel Ortega, foi detido no início da manhã de sexta-feira por agentes da polícia, que forçou a entrada no Palácio Episcopal da diocese de Matagalpa, no norte da Nicarágua, onde Rolando Álvarez e sete colaboradores estavam escondidos desde 04 de agosto.

Álvarez, de 55 anos, tornou-se o primeiro bispo a ser preso desde que Ortega regressou ao poder em 2007 e foi acusado pela polícia nicaraguense de tentar "organizar grupos violentos", alegadamente "com o propósito de desestabilizar o Estado da Nicarágua e atacar as autoridades constitucionais", embora esta não tenha, até agora, apresentado provas.

A prisão de Alvarez, precedida pela prisão de três padres, é o último capítulo de uma história de 43 anos de conflito entre a Igreja Católica da Nicarágua e os sandinistas liderados pelo Presidente Daniel Ortega.

Em 2022, vários padres foram detidos, oito estações de rádio e três canais católicos cancelados, tendo a polícia forçado a entrada e procedido a rusga numa paróquia. As autoridades expulsaram ainda membros da ordem das Missionários da Caridade, fundada por Madre Teresa de Calcutá.

A situação na Nicarágua agravou-se depois das eleições de novembro, nas quais Ortega foi reeleito para um quinto mandato, quarto consecutivo e segundo com a mulher, Rosario Murillo, como vice-Presidente.

Leia Também: Relações com Igreja sérvia. Montenegro derrubado por moção de censura

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