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Universidade de Seattle investigada por política de emprego anti-LGBTI+

Funcionários são obrigados a abster-se de "coabitação, atividade sexual extraconjugal e atividade sexual com pessoas do mesmo sexo".

Universidade de Seattle investigada por política de emprego anti-LGBTI+
Notícias ao Minuto

23:00 - 02/08/22 por Notícias ao Minuto

Mundo EUA

A Seattle Pacific University, uma universidade cristã privada, está a ser investigada pelo estado de Washington, nos Estados Unidos, devido a uma política de emprego anti-LGBTI+, que gerou polémica nos últimos meses.

Tal como revela a NBC, na sexta-feira, num comunicado, o procurador-geral do estado de Washington, Bob Fergunson, confirmou que, no início de junho, o seu gabinete enviou uma carta à universidade, sediada em Seattle, para obter informações sobre uma alegada discriminação contra funcionários LGBTI+.

Em causa está uma política de “expectativas de estilo de vida dos funcionários”, na qual se exige que estes se abstenham de “coabitação, atividade sexual extraconjugal e atividade sexual com pessoas do mesmo sexo”. Aqueles que violarem esta política enfrentam ações disciplinares e até a possibilidade de rescisão do contrato de trabalho.

Bob Fergunson considera que a universidade está a violar a lei estadual ao discriminar professores e funcionários com base na sua orientação sexual, havendo reclamações desde 2017, tal como indicava a carta. Na missiva, era solicitado que a universidade respondesse a quatro perguntas por escrito sobre esta política.

Já na semana passada, em resposta a esta carta, a universidade entrou com uma ação num tribunal distrital para não cumprir o pedido. O processo, segundo a NBC, diz que a missão de educação cristã da universidade está “sob o fogo” do procurador-geral e que a investigação questiona sobre “assuntos religiosos confidenciais”.

A universidade confirma que mantém “crenças cristãs tradicionais” sobre casamento e sexualidade, destacando, contudo, que Igreja Metodista Livre, à qual pertence, está “comprometida com a dignidade e o valor de todos os humanos”.

Já num e-mail, citado pela estação televisiva, Lori Windham, conselheira sénior de uma organização que representa a universidade, disse que “durante anos, os tribunais americanos deixaram claro que autoridades externas não podem ditar como as instituições religiosas cumprem os seus compromissos de fé”.

Na sexta-feira, o procurador-geral disse que o processo demonstra que a Seattle Pacific University acredita que está “acima da lei”.

Sublinhe-se que a polémica em torno desta política dura há vários meses e já levou a demissões e protestos. Contudo, a universidade decidiu sempre não alterar as regras. 

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