Ucrânia. Moscovo diz ter matado "até 80" combatentes polacos
A Rússia disse hoje que matou "até 80" combatentes polacos, num bombardeamento no leste da Ucrânia, onde os combates decorrem entre forças de Kyiv e de Moscovo.

© Reuters

Mundo Ucrânia/Rússia
"Até 80 mercenários polacos, 20 veículos blindados de combate e oito lança-'rockets' foram destruídos em ataques com armas de alta precisão na fábrica de zinco Megatex, na localidade de Konstantinovka", informou o Ministério da Defesa russo, em comunicado, citado pela AFP.
Esta localidade, que se escreve Kostiantynivka em ucraniano, está localizada na região de Donetsk, palco de intensos combates desde o lançamento da ofensiva russa na Ucrânia, no final de fevereiro.
O ministério russo não especificou se os bombardeamentos naquela ocorreram hoje ou na sexta-feira.
A nota diz que "mais de 300 soldados ucranianos e mercenários estrangeiros, bem como 35 armas pesadas foram destruídos no espaço de um dia em Mykolaiv", no sul da Ucrânia.
Nenhuma das alegações foi ainda verificável de forma independente.
A Rússia descreve pejorativamente como "mercenários" todos os voluntários estrangeiros que lutam do lado das forças ucranianas.
Em abril, o Ministério da Defesa russo disse que cerca de 30 "mercenários" polacos foram mortos na região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia.
As autoridades russas removeram a bandeira da Polónia de um memorial erguido em memória de milhares de polacos massacrados pelos soviéticos.
O desaparecimento da bandeira polaca que anteriormente flutuava sobre o memorial de Katyn, localizado na região de Smolensk (oeste da Rússia), foi relatado na sexta-feira, nas redes sociais, por historiadores e visitantes.
Na noite de sexta-feira, o presidente da Câmara de Smolensk, Andrei Borissov, confirmou a remoção da bandeira, publicando uma fotografia mostrando apenas a da Rússia, na entrada do memorial.
"Não pode haver uma bandeira polaca em monumentos russos, muito menos depois de declarações francamente antirrussas de políticos polacos", disse Borissov, na sua conta na VKontakte, a principal rede social russa.
A decisão das autoridades russas de retirar a bandeira polaca surge no auge das tensões entre Moscovo e Varsóvia desde o lançamento da ofensiva russa contra a Ucrânia, no final de fevereiro.
A Polónia, membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), apoiou a Ucrânia fornecendo armas.
O memorial de Katyn foi erguido em memória de cerca de 25.000 polacos, a maioria oficiais considerados hostis à ideologia comunista, massacrados em 1940 pela polícia política soviética por ordem de Estaline, numa floresta perto de Smolensk.
A União Soviética negou até 1990 qualquer responsabilidade pelos massacres, acusando os nazis.
Em 2010, quando Moscovo e Varsóvia mostraram um desejo raro de "virar a página", o avião do Presidente polaco a caminho de Smolensk caiu, matando todas as 96 pessoas a bordo. A investigação deste acidente tornou-se uma nova fonte de tensão entre os dois países.
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