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Comissão diz que as provas reunidas são suficientes para acusar Trump

Membros da comissão parlamentar que investiga o assalto ao Capitólio afirmaram hoje que descobriram provas suficientes para o Departamento de Justiça acusar o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump de tentar anular os resultados das eleições de 2020.

Comissão diz que as provas reunidas são suficientes para acusar Trump

Getty Images 

Notícias ao Minuto

20:35 - 12/06/22 por Lusa

Mundo EUA

"Gostaria de ver o Departamento de Justiça investigar qualquer alegação credível de atividade criminosa por parte de Donald Trump", defendeu o deputado democrata Adam Schiff, membro da comissão, que também lidera a Comissão de Informações da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.

O deputado democrata pela Califórnia argumentou: "Existem certas ações, parte dessas diferentes linhas de esforço para derrubar a eleição, que não vejo evidências de o Departamento de Justiça estar a investigar".

A comissão parlamentar que está a investigar o papel do ex-presidente norte-americano Donald Trump no assalto ao Capitólio disse, na quinta-feira, que a agressão não foi um momento espontâneo, mas uma "tentativa de golpe".

Na apresentação das primeiras conclusões sobre a investigação, a comissão revelou um vídeo de 12 minutos, nunca antes visto, com momentos do assalto violento e testemunhos do círculo mais íntimo de Trump.

O painel argumentou que as repetidas mentiras de Trump sobre fraude eleitoral e o esforço público para impedir a vitória de Joe Biden, nas eleições de 2020, levaram ao ataque e colocaram em perigo a democracia norte-americana, segundo a agência Associated Press.

O deputado Adam Schiff sustentou hoje, segundo a agência Associated Press, que "quando as evidências são acumuladas pelo Departamento de Justiça, é preciso tomar uma decisão sobre se pode provar a um júri, além de qualquer dúvida razoável, a culpa do Presidente ou de qualquer outra pessoa".

"Mas se houver evidências credíveis, precisam de ser investigadas, e eu acho que existem", reforçou.

Novas provas deverão ser reveladas na próxima semana que poderão demonstrar como Trump e os seus conselheiros se envolveram num "esforço maciço" para espalhar a desinformação e pressionarem o Departamento de Justiça a aceitar falsas alegações, avança ainda a Associated Press.

Os membros da comissão indicaram hoje que a pessoa mais importante que deverão ainda ouvir poderá ser o procurador-geral Merrick Garland, que deve decidir se o seu departamento pode e deve processar Trump, mas não têm dúvidas de que os indícios são suficientes.

Outro deputado democrata, Jamie Raskin, disse que não pretende "intimidar" Garland, mas observou que a comissão já expôs em petições legais uma variedade de estatutos criminais que acreditam que o ex-presidente violou.

"Eu acho que ele [Trump] sabe, os seus colaboradores sabem, os procuradores sabem, o que está aqui em jogo", sublinhou Raskin.

Donald Trump -- que ainda na quinta-feira elogiou a invasão do Capitólio como um movimento histórico para "tornar a América grandiosa novamente" - tem vindo a insinuar que se irá recandidatar às eleições para a presidência dos Estados Unidos em 2024.

Naquele dia, milhares de apoiantes do ex-presidente republicano reuniram-se em Washington num comício para denunciar o resultado da eleição de 2020, de que Trump saiu derrotado.

As imagens de uma multidão a invadir a sede do Congresso dos Estados Unidos chocaram o mundo.

Por muitos meses, a chamada Comissão 06 de janeiro -- sete democratas e dois republicanos -- ouviu mais de mil testemunhas, incluindo dois filhos do ex-presidente e analisou 140 mil documentos para esclarecer a responsabilidade exata de Donald Trump no evento que abalou a democracia norte-americana.

Os apoiantes da comissão consideram este trabalho essencial para garantir que um dos episódios mais sombrios da história dos Estados Unidos nunca se repita.

No entanto, a maioria dos republicanos denuncia o trabalho do grupo de congressistas eleitos da comissão como uma "caça às bruxas".

Leia Também: Comissão sobre Capitólio diz que Democracia dos EUA continua "em perigo"

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