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Blinken pede aos países americanos para "reforçarem" as suas democracias

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, pediu, esta quarta-feira, aos países americanos que trabalhem juntos para "reforçar" as suas democracias e dos estados vizinhos, através da defesa dos processos eleitorais ou dos direitos humanos.

Blinken pede aos países americanos para "reforçarem" as suas  democracias
Notícias ao Minuto

20:45 - 08/06/22 por Lusa

Mundo EUA

"Melhorar a democracia requer, de nós e dos nossos vizinho, a defesa do Estado de Direito, dos processos eleitorais, dos direitos humanos e outros pilares das sociedades livres", sublinhou o chefe da diplomacia dos Estados Unidos durante um encontro com chanceleres na IX Cimeira das Américas, que decorre em Los Angeles, Califórnia.

Antony Blinken sublinhou que os processos democráticos "nem sempre são fáceis ou rápidos", mas pediu para que os países "trabalhem em conjunto" para resolver as lacunas.

"Existem poucas regiões no mundo como esta, onde encontramos tantas democracias, de esquerda, direita ou centro, que podem estabelecer um caminho partilhado para resolver problemas complexos", analisou.

O chefe da diplomacia norte-americana defendeu ainda investimento para prevenir novas pandemias, ampliar o acesso à Internet na região e acelerar a transição energética.

"Quando um país não faz o suficiente para detetar uma doença ou reduzir a sua transmissão, está a colocar em risco a população da região e do mundo inteiro", salientou.

Já o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, apontou que a região enfrenta "desafios sem precedentes" em relação à primeira Cimeira das Américas, realizada em Miami em 1994.

Almagro apelou também ao "fortalecimento" da Carta Democrática Interamericana, documento assinado em 2001.

"A cimeira oferece aos líderes das Américas uma oportunidade de reafirmar o seu compromisso com a democracia", destacou o líder da OEA, que aplaudiu as "propostas fundamentais" que os Estados Unidos estão a promover no evento para a recuperação económica e social da região.

A IX Cimeira das Américas, que arrancou na segunda-feira e decorre até sexta-feira, ficou marcado pela decisão do anfitrião EUA de excluir os governos de Cuba, Venezuela e Nicarágua, por considerar que estes não respeitam a democracia.

Vários líderes protestaram contra esta decisão, como o Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, ou o boliviano, Luis Arce, que cancelaram a sua presença.

Lançada em 1994 pelo então Presidente Bill Clinton, a Cimeira das Américas foi criada com o intuito de alcançar um amplo acordo de liberalização do comércio regional.

Este ano, temas como crescimento económico, alterações climáticas, pandemia de covid-19 e a crise migratória estão na agenda dos líderes políticos.

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