Um antigo paramédico viu a mulher morrer-lhe nos braços enquanto esperavam mais de 90 minutos por uma ambulância.
Nigel Mitchell, do condado de Durham, Reino Unido, estava casado com Gill há mais de quatro décadas quando esta sofreu uma paragem cardíaca fatal em outubro do ano passado.
Paramédico durante 32 anos, Mitchell sabia que o caso da sua sua esposa estava classificada como uma chamada de categoria um, o tipo de emergência médica mais grave, onde a ajuda é necessária em minutos.
Mas um telefonista do 999 - o equivalente ao 112 em Portugal - disse-lhe que enfrentava uma espera de hora e meia para que os paramédicos do seu antigo patrão, o Serviço de Ambulâncias do Nordeste (NEAS), chegassem.
Apesar dos esforços de Mitchell, que incluíram conduzir a sua esposa até ao desfibrilador comunitário mais próximo e tentar reanimá-la, Gill morreu.
Mitchell tinha sido durante anos um ativista e angariador de fundos para um melhor acesso a cuidados de emergência na sua e noutras zonas rurais.
A sua história surge no meio de uma crise nos serviços de ambulância em Inglaterra, com os paramédicos continuamente incapazes de cumprir os objetivos de tempo de resposta a emergências.
"Não estou a dizer que o resultado teria sido diferente, mas se tivessem uma ambulância em Middleton, ou Barnard Castle, pelo menos teríamos sabido que ela tinha a melhor hipótese possível", declarou o homem ao Daily Mail.
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