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Ex-ministra austríaca também deixa administração da russa Rosneft

A ex-ministra dos Negócios Estrangeiros austríaca Karin Kneissl, que teve o Presidente russo, Vladimir Putin, como convidado no seu casamento em 2018, deixou a administração da petrolífera russa Rosneft, decisão que segue a de um antigo chanceler alemão.

Ex-ministra austríaca também deixa administração da russa Rosneft
Notícias ao Minuto

14:00 - 23/05/22 por Lusa

Mundo Rússia/Ucrânia

A maior petrolífera russa comunicou hoje a "demissão" do seu conselho de administração de Karin Kneissl, chefe da diplomacia austríaca entre 2017 e 2019, decisão que entrou em vigor na passada sexta-feira, segundo um comunicado.

Na sexta-feira, o grupo já tinha anunciado que o antigo chanceler alemão Gerhard Schröder, alvo de fortes críticas desde o início da ofensiva russa na Ucrânia devido à sua proximidade com Putin, se tinha demitido da presidência do conselho de administração da Rosneft.

Segundo a empresa, Kneissl, nomeada em março de 2021 para o conselho de administração e depois confirmada no cargo em junho do mesmo ano, apresentou uma carta de demissão que entrou em vigor já na passada sexta-feira.

Nomeada pelo partido de extrema-direita FPÖ para chefiar a diplomacia austríaca, a ex-ministra convidou Vladimir Putin para o seu casamento enquanto o seu país ocupava a presidência rotativa da União Europeia (UE).

Os meios de comunicação próximos do Kremlin publicaram na altura imagens da noiva a dançar uma valsa com o Presidente russo.

Em março passado, a imprensa austríaca revelou que Putin, em agradecimento pelo convite para o casamento, tinha oferecido a Kneissl brincos de ouro branco adornados com safiras, avaliados em 50.000 euros.

As jóias em questão estão agora nas reservas do governo que as tomou em fevereiro de 2020, disse na altura à AFP um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Na sexta-feira, a ex-ministra disse à AFP que não tinha saído da Rosneft em março para "respeitar" as suas obrigações de um mandato de um ano.

"Em março, não me demiti porque não é o meu estilo deixar o barco no meio de uma tempestade", mas a empresa foi informada "já na altura de que não estava disponível para um novo mandato", afirmou.

Matthias Warnig, um cidadão alemão até agora presidente executivo da Nord Stream 2 AG, o controverso segundo gasoduto que ia transportar gás russo diretamente para a Alemanha e suspenso pelo atual governo alemão devido à guerra na Ucrânia, também se demitiu na sexta-feira do cargo de vice-presidente do conselho de administração da Rosneft.

Tudo isto depois de o Parlamento Europeu ter defendido, na passada quinta-feira, sanções aos políticos europeus que fazem parte das principais empresas russas e que continuam a receber dinheiro dessas empresas.

A guerra na Ucrânia, iniciada pela Rússia em 24 de fevereiro, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento e apoio económico para a Ucrânia e a imposição de sanções económicas e políticas sem precedentes a Moscovo.

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